Celulose, carnes e soja levam exportações de MS a recorde em novembro
Vendas externas somaram US$ 592,9 milhões no mês, segundo a Fiems

A indústria voltou a ser o principal motor das exportações de Mato Grosso do Sul em novembro. No mês, as vendas externas de produtos industrializados alcançaram US$ 592,9 milhões, valor 3% superior ao registrado no mesmo período de 2024 e o mais alto já observado para um mês de novembro, de acordo com dados do Observatório da Indústria da Fiems.
RESUMO
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As exportações industriais de Mato Grosso do Sul atingiram marca histórica em novembro de 2025, totalizando US$ 592,9 milhões, um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado de janeiro a novembro, o valor chegou a US$ 7,11 bilhões, 15% superior ao registrado em 2024. Três setores dominaram as exportações: celulose e papel (US$ 2,8 bilhões), complexo frigorífico (US$ 1,7 bilhão) e derivados da soja (US$ 514,5 milhões). China, Estados Unidos e países europeus foram os principais destinos dos produtos sul-mato-grossenses, que representaram 79% do total exportado pelo estado em novembro.
O desempenho de novembro reforça uma tendência que se mantém ao longo de 2025. Segundo levantamento da entidade, de janeiro a novembro, a indústria sul-mato-grossense exportou US$ 7,11 bilhões, crescimento de 15% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O resultado consolida o melhor acumulado histórico para o período.
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Ainda conforme a Fiems, a indústria concentrou a maior parte da receita obtida com exportações no Estado. Em novembro, os produtos industrializados responderam por 79% do valor total exportado. No acumulado do ano, essa fatia ficou em 72%, o que evidencia a dependência do comércio exterior em relação ao setor.
Três segmentos concentram mais de 80% das vendas externas
Os números mostram que a pauta exportadora de Mato Grosso do Sul segue fortemente concentrada. Celulose e papel, cadeia frigorífica e derivados da soja responderam, juntos, por 81% da receita das exportações industriais no período analisado.

O maior volume veio do segmento de celulose e papel, que somou US$ 2,8 bilhões entre janeiro e novembro. A pasta química de madeira foi o principal item embarcado, com destaque para mercados como China, Itália, Holanda, Turquia e Estados Unidos, segundo a Fiems.
Na sequência aparece o complexo frigorífico, que acumulou US$ 1,7 bilhão em exportações. As vendas foram puxadas principalmente por carnes bovinas desossadas, tanto congeladas quanto refrigeradas, além de cortes de frango, tendo como principais destinos China, Estados Unidos, Chile, México e Holanda.
Já os óleos vegetais e subprodutos da soja geraram US$ 514,5 milhões em receita. Entre os produtos mais comercializados estão farelos, pellets, resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja bruto, enviados principalmente para países europeus e asiáticos, como Holanda, Polônia, Indonésia, Índia e Espanha.

