Pena aplicada a dupla por execução de empresário soma 23 anos
Terceiro membro que participou de julgamento foi considerado "inimputável"
Acusados pela execução do empresário Ronaldo Nepomuceno Neves, Igor Figueiró Rando e Marcelo Augusto da Costa Lima foram condenados durante julgamento ocorrido na tarde desta terça-feira (19), em Campo Grande. A soma das punições chega a 23 anos.
De acordo com os autos, Igor foi condenado a 11 anos pelos crimes de homicídio e tráfico de drogas. Já Marcelo teve a pena mais elevada, porque os jurados viram na conduta dele qualificadoras do homicídio, resultando em 12 anos de reclusão. Igor ainda teve fixada multa de 500 dias, com o valor de cada dia de 1/30 do salário-mínimo à época do crime.
O terceiro acusado, Almiro Cássio Nunes Orgeda, foi considerado inimputável (não compreende o ato ilícito) mediante internação definitiva por tempo indeterminado. Ele deverá passar por uma nova perícia médica e, assim, comprovar a cassação da periculosidade.
Ainda no júri, ocorrido hoje, os réus confessaram ter torturado o dono da boate, mas culparam o parceiro Kevin Dinderson dos Santos, de 29 anos, pelos golpes que mataram Ronaldo. Kelvin era um dos acusados, mas foi inocentado pelo crime em setembro de 2022.
O crime aconteceu em 2020. À época dos fatos, o corpo de Ronaldo foi encontrado parcialmente carbonizado ao lado de sua caminhonete Ford Ranger em estrada vicinal que dá acesso a Cachoeira do Ceuzinho. A vítima estava só de cueca com uma camiseta amarrada no pescoço.
Durante depoimento, Almiro contou que Ronaldo era uma pessoa muito perigosa e tentou matar Kelvin, que na data do crime o dono da boate estava torturando o parceiro no interior do estabelecimento, agredindo com socos, chutes, choques e golpes de faca. O motivo seria um possível roubo cometido pelo jovem dias antes.
Os acusados falaram que no dia 12 de setembro de 2020, dia da morte de Ronaldo, os três [Almiro, Igor e Marcelo] estavam em um local conhecido como Chacrinha, que fica do outro lado da rua da boate e Ronaldo teria chegado ao local e debochado da esposa de Kelvin. Eles alegam que o empresário falava em matar tanto Kelvin quanto os outros três, que todos eles eram usuários de drogas e que Ronaldo não gostava deles.
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