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Capital

Peritos recuperam digital e identificam corpo encontrado em “sarcófago”

Para conseguir realizar o exame, os peritos usaram técnica chamada de regeneração de papilas

Geisy Garnes e Bruna Marques | 21/09/2021 09:08
Corpo foi retirado do viaduto por militares do Corpo de Bombeiros. (Foto: Marcos Maluf)
Corpo foi retirado do viaduto por militares do Corpo de Bombeiros. (Foto: Marcos Maluf)

Foi identificado como Sidney Manoel Pimenta, de 52 anos, o homem encontrado em estado de mumificação, no viaduto da Avenida Ministro João Arinos, em Campo Grande, no sábado (18). A conservação do corpo permitiu que os peritos recuperassem as digitais e assim, chegassem ao nome da vítima.

Segundo o SINPAP/MS (Sindicato dos Papiloscopistas e Peritos Oficiais de Mato Grosso do Sul), Sidney foi identificado após análise das impressões digitais. Para conseguir realizar o exame, os peritos usaram técnica de regeneração de papilas, através do destacamento da pele das mãos, que foi conservada pelo processo de mumificação do corpo. Todo o exame ocorreu em laboratório.

Ao Campo Grande News, o delegado Wilton Vilas Boas de Paula, responsável pelo caso, explicou que o primeiro passo da investigação era justamente identificar a vítima. Agora, as equipes tentam encontrar a família de Sidney. “Também vamos aguardar o laudo para saber a causa da morte, se violenta ou natural. Até o momento, não há indícios de violência no corpo”, explicou o titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil.

Ainda conforme Vilas Boas, nenhuma queixa de desaparecimento em nome de Sidney foi registrada. Ele possuía diversas passagens pela polícia, crimes como porte de droga para uso pessoal e furto.

O corpo do homem foi encontrado dentro do viaduto Engenheiro Paulo Avelino de Rezende, na saída de Campo Grande para Três Lagoas, por um andarilho que chegou ao local para dormir, sentiu mau cheiro e alertou equipe que trabalha na reforma da estrutura. Com lanternas, os homens avistaram o corpo por meio de uma abertura no concreto.

Com as equipes de resgate no local, o estado do corpo chamou a atenção até de quem é acostumado a lidar com a morte. "Em 10 anos de profissão, eu nunca encontrei algo assim aqui no Mato Grosso do Sul", revelou perito plantonista, que atendeu a ocorrência.

A “sala” de concreto em que o corpo estava proporcionou o efeito de mumificação do corpo, porque serviu como "sarcófago" e auxiliou a manter a temperatura em equilíbrio. Com isso, apenas a pele superficial do cadáver se decompôs. A carne se solidificou e escureceu, fazendo com que o cadáver ficasse “conservado”.

Exames ainda não determinaram há quanto tempo a vítima estava no local. Mas estima-se que o período seja maior que 30 dias.

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