Polícia encerra 2º dia de buscas, mas não desiste de achar mais corpos em brejo
Equipe da DEH segue pistas recebidas no fim de semana de que área funciona como cemitério clandestino
Policiais da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) encerraram na tarde dessa terça-feira (6) o segundo dia de buscas por cadáveres em área que seria usada como cemitério clandestino por facção criminosa, mas não vai desistir. Segundo o delegado Carlos Delano, "outras técnicas" de varredura do terreno serão usadas ao longo desta semana.
O responsável pelas investigações e a equipe seguem pistas recebidas no fim de semana de que o terreno nas proximidades do Córrego Bálsamo, do Bairro Santo Eugênio, em Campo Grande, é usado para a desova de cadáveres das vítimas de tribunais do crime. Os julgamentos de rivais ou “traidores” das regras impostas pela organização criminosa geralmente terminam em execuções.
Policiais voltaram à mata nesta manhã e hoje à tarde contaram com a ajuda de máquina para as escavações, mas nada foi encontrado. As buscas eram feitas em local a cerca de 20 metros onde, no fim da manhã dessa segunda-feira, dia 5, restos mortais foram encontrados em cova rasa.
No ponto onde pessoa foi enterrada, peças de roupa deterioradas, calçado e um pedaço de borracha, que pode ter sido usado para amarrar a vítima, também foram recolhidos. Durante a tarde de ontem, a varredura na mata, próxima ao Córrego Bálsamo, contou com a ajuda das cadelas Laika e Mali, farejadoras premiadas, mas mais nada foi encontrado.
Além do esqueleto humano quase completo, que já está passando por exames no Imol (Institudo de Medicina e Odontologia Legal), um osso que parece não ser da mesma pessoa também foi localizado.
Segundo o delegado nenhum detalhe a mais pode ser divulgado para não atrapalhar as investigações.