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Capital

Polícia já ouviu 6 pessoas em inquérito sobre morte de ex-diretor do HU

Apuração indica que José Carlos Dorsa morreu por causas naturais, afirma delegada

Guilherme Henri | 13/03/2018 14:40
Médico José Carlos Dorsa em 2013 (Foto: Arquivo/ Campo Grande Newws)
Médico José Carlos Dorsa em 2013 (Foto: Arquivo/ Campo Grande Newws)

A Polícia Civil ouviu nesta terça-feira (13) seis pessoas sobre a morte do ex-diretor do Hospital Universitário da Capital José Carlos Dorsa. Entre eles estão o dono, quatro funcionários e um cliente da sauna onde o médico estava. Todos os depoimentos confirmam a versão de que Dorsa morreu depois de passar mal.

O médico era alvo de dez ações judiciais decorrentes da “Máfia do Câncer” apuradas pela operação Sangue Frio, entre denúncias cíveis e criminais.

As investigações estão a cargo da delegada da 1ª DP (Delegacia de Polícia) Daniella Kades. Segundo ela, ainda serão ouvidos os policiais militares, socorristas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e policiais civis que atenderam a ocorrência. Familiares também devem ser ouvidos.

Para hoje, não estão previstos outros depoimentos, contudo, policiais civis continuam nas ruas em buscas de novas testemunhas.

Sauna onde médico passou mal e morreu (Foto: Marina Pacheco)
Sauna onde médico passou mal e morreu (Foto: Marina Pacheco)

Além disso, a delegada adiantou que pediu exame toxicológico ao IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia) para saber se Dorsa usou ou não algum substância no dia em que morreu. “Vamos aguardar os laudos e seguir ouvindo as testemunhas. Até então os depoimentos apontam que o médico já chegou na sauna passando mal”, revela.

Morte - Segundo boletim de ocorrência, a vítima foi encontrada de bruços no 2ª andar do estabelecimento - onde, segundo o registro policial, há uma "sala de televisão".

Ainda conforme relatos de testemunhas, a família de Dorsa foi acionada antes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Enquanto aguardavam o socorro, dois funcionários da casa de massagem ajudaram a socorrer o cardiologista com massagens cardíacas.

Conforme a Polícia Civil, o médico passou mal e teve uma convulsão. A médica, que fez o primeiro atendimento, disse que o cardiologista tinha uma "punção" no braço, provavelmente referente à aplicação de algum medicamento. O médico tinha lesão no supercílio e no rosto, lesões compatíveis com a queda e a convulsão, causadas quando se debatia no chão.

Investigado - Dorsa era um dos envolvidos na “Máfia do Câncer”, esquema investigado pela Polícia Federal. Ele respondia na Justiça por falsificação de documentos, uso de documento falso, peculato, formação de quadrilha e fraude em licitação.

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