ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 33º

Capital

Por abandono na saúde, indígenas protestam e exigem reunião com secretário

Aproximadamente 100 indígenas estão reunidos em frente do Distrito Sanitário Indígena nesta quinta-feira

Ana Paula Chuva e Alana Portela | 28/01/2021 12:33
Indígenas prometem ficar no local até amanhã. (Foto: Alana Portela)
Indígenas prometem ficar no local até amanhã. (Foto: Alana Portela)

Aproximadamente 100 indígenas de dez municípios sul-mato-grossenses estão reunidos em frente ao Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) nesta quinta-feira (28) em protesto contra o descaso com a saúde dos povos indígenas do Estado. Eles querem se reunir com o secretário especial de Saúde Indígena para pedirem providências.

Ao todo 80 caciques das etnias Terena e Kaiowá estão no local representando os mais de 80 mil indígenas de MS, além de vereadores. Eles pretendem acampar no local até a reunião com o secretário nacional Robson Santos da Silva, prevista para esta sexta-feira (29).

Entre os pedidos dos indígenas, está a saída do atual coordenador do Dsei, o coronel da reserva Joe Saccenti Junior, nomeado para o cargo em setembro do ano passado. Os indígenas alegam que não conseguem diálogo com o responsável pelo distrito para resolver problemas das aldeias, que vão de vacinação contra covid a falta de insumos.

“Já viemos aqui outras vezes e sempre somos recebidos com a Polícia Federal. Só vamos sair daqui depois de falar com o secretário nacional. Nós não temos atendimento na saúde, as aldeias não tem medicamento”, disse Jânio Reginaldo, 60 anos, indígena da etnia Terena.

Além dele, o vereador Eder Alcântara em Dois Irmãos do Buriti, afirmou que desde 2020 alguns funcionários indígenas na saúde estão sendo demitidos mesmo com a pandemia. Outros seis vereadores também estão no local.

Segundo os manifestantes esta é a sexta vez que os indígenas tentam uma reunião com o secretário nacional, e por três vezes a Polícia Federal foi chamada e dizem que vão sanitizar o prédio.

Nos siga no Google Notícias