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Capital

Prefeito pretende destravar obra de revitalização na Ernesto Geisel em janeiro

Michel Faustino e Antonio Marques | 07/12/2015 13:49
A obra contempla além da canalização e a revitalização das margens do rio, o recapeamento da avenida Ernesto Geisel. (Foto: Reprodução)
A obra contempla além da canalização e a revitalização das margens do rio, o recapeamento da avenida Ernesto Geisel. (Foto: Reprodução)

O prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) disse na manhã de hoje (07), durante solenidade na Funsat (Fundação Social do Trabalho), que o processo para dar andamento as obras de revitalização da Avenida Ernesto Geisel deve ser reaberto em janeiro de 2016. Orçada em R$ 68 milhões, a obra pretende por fim aos problemas com erosões e alagamentos ocasionados pela chuva que castiga uma das principais avenidas da Capital. No último sábado (5), por exemplo, as chuvas provocaram estragos na Avenida.

Bernal lembrou que as duas empresas que foram vencedoras dos primeiros processos licitatórios desistiram da obra, tendo a prefeitura revogado a licitação em julho deste ano. Conforme o prefeito, intenção é retomar a licitação em janeiro do próximo ano e dar seguimento a assinatura das ordens de serviço.

O prefeito ressaltou que deve manter o último projeto, mas pretende licitar a obra por partes, tendo em vista que a realização depende de contrapartida da prefeitura e existe dificuldades financeiras para concluí-las de forma integral.

Projeto - O projeto final passou por uma série de ajustes ao longo dos seis anos de sua concepção e chegou a ser licitado e iniciado em 2012, na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), mas foi interrompido no ano seguinte, já que após a posse de Alcides Bernal, a construtora que deveria realizar a obra acabou sendo desligada do projeto.

A primeira versão, de 2008, previa intervenções pontuais com muro de contenção para conter a erosão nas margens no trecho até a avenida Manoel da Costa Lima. Como as margens não se estabilizaram e continuaram desbarrancando, a Caixa não aceitou o projeto.

Segundo os técnicos da Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação, esta situação decorreu do processo de impermeabilização do solo, gerado com a construção de novos empreendimentos e obras de pavimentação dos bairros localizados no entorno da bacia que desemboca no rio. A enxurrada ganhou velocidade, passou a chegar com mais rapidez ao leito do rio e, com isto, as margens começaram a desbarrancar e os transbordamentos ficaram mais frequentes.

Na alteração, encaminhada pela Prefeitura, foi prevista a execução da obra inteira no trecho entre a Rua Santa Adélia até a Avenida Campestre, no Aero Rancho. Esses ajustes foram necessários para garantir soluções definitivas e que também pudessem otimizar os gastos.

O projeto prevê a construção de muros laterais com placas de concreto e sistema gabião que permitirá a drenagem e a urbanização com grama, no trecho entre a rua Santa Adélia e a avenida Manoel da Costa Lima. Deste ponto até avenida Campestre, será executado um serviço de controle de água no canal, com escadarias, dissipadores e obras pontuais nos locais que recebem as águas da chuva que descem dos bairros localizados nas duas margens.

As obras de revitalização também contemplam recapeamento das duas pistas da avenida com readequação de largura, além da instalação de áreas de convivência com quadras de esportes, pista de caminhada e ciclovia nas margens do Rio Anhanduí.

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