ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, DOMINGO  08    CAMPO GRANDE 19º

Capital

Prefeitura alerta para surto de Hepatite A, depois de 60 casos em Campo Grande

Surto de hepatite A expõe fragilidade no controle da doença e Secretaria de Saúde reforça ações de prevenção

Por Ângela Kempfer | 25/10/2024 10:36
Prefeitura alerta para surto de Hepatite A, depois de 60 casos em Campo Grande
Secretaria de Saúde alerta que há vacina contra a doença. (Foto: Arquivo)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu um alerta sobre o aumento expressivo nos casos de hepatite A em Campo Grande neste ano. Até o momento, foram registrados 60 casos em 2024, o lado positivo é que nenhum levou à morte. Em contraste, no ano passado a cidade não contabilizou nenhum caso da doença.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande emitiu um alerta sobre o aumento significativo de casos de hepatite A, com 60 registros em 2024, embora sem mortes. A doença, transmitida via fecal-oral, está associada ao consumo de água ou alimentos contaminados e a condições de saneamento precárias. Os sintomas iniciais incluem fadiga, febre e dores musculares, podendo evoluir para vômitos e icterícia. O diagnóstico é feito por exame de sangue, e não há tratamento específico, sendo a hospitalização necessária apenas em casos graves. A prevenção envolve práticas de higiene e vacinação, que é recomendada a crianças aos 15 meses e disponível para grupos de risco em centros de saúde.

Segundo a prefeitura, o surto não se limita à Capital. Outras cidades, como São Paulo e Florianópolis, já haviam relatado crescimento em 2023, e, mais recentemente, Curitiba também apontou aumento nos registros.

Diante do cenário, a Sesau reforça o trabalho conjunto com o Ministério da Saúde, articulando novas medidas de controle. A secretaria já iniciou o levantamento do perfil epidemiológico dos infectados e intensificou a busca ativa de novos casos, além de orientar aqueles que tiveram contato próximo com os contaminados.

Em parceria com a SES (Secretaria Estadual de Saúde) e o Ministério da Saúde, foi elaborada uma nota técnica direcionada aos profissionais de saúde, tanto das redes pública quanto privada. A colaboração da mídia tem sido apontada como essencial para disseminar informações e alertar a população.

Veja as orientações:

A doença e suas formas de contaminação -  A hepatite A é uma doença viral que pode ser prevenida por vacina. Sua transmissão ocorre via fecal-oral, frequentemente associada ao consumo de água ou alimentos contaminados, e também a condições precárias de saneamento básico e higiene.

A contaminação pode se dar através do contato pessoal próximo ou sexual. Entre os primeiros sintomas estão fadiga, mal-estar, febre e dores musculares, que podem ser seguidos por enjoo, vômitos, dor abdominal e alterações gastrointestinais, como constipação ou diarreia. Urina escura e icterícia (pele e olhos amarelados) também são sinais característicos da infecção.

O período de incubação do vírus varia de 15 a 50 dias, e os sintomas geralmente desaparecem em menos de dois meses. O diagnóstico é realizado por exame de sangue, mas não há tratamento específico para a hepatite A, sendo a hospitalização indicada apenas em casos de insuficiência hepática aguda. A automedicação, especialmente com o uso de paracetamol, é desaconselhada, já que pode agravar o quadro clínico.

Prevenção e cuidados - Para prevenir a doença, a Sesau recomenda práticas simples de higiene, como lavar as mãos antes de manusear alimentos, lavar frutas e vegetais com solução de hipoclorito de sódio e cozinhar bem os alimentos. Em ambientes públicos, é recomendada a desinfecção regular de superfícies e objetos com hipoclorito de sódio. Além disso, a população deve evitar tomar banho em locais contaminados por esgoto e o compartilhamento de utensílios como bombas de tereré e narguilés.

A vacina contra a hepatite A está incluída no calendário vacinal infantil e deve ser aplicada aos 15 meses de idade. Ela também está disponível no CRIE (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) para pessoas acima de 1 ano com condições de saúde específicas, como portadores de hepatopatias crônicas, coagulopatias e pessoas vivendo com HIV.

O CRIE em Campo Grande está localizado no ambulatório do HRMS, na Avenida Engenheiro Lutero Lopes, n.º 36, Bairro Aero Rancho.

Nos siga no Google Notícias