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Capital

Prefeitura derruba muro para desfazer acampamento na Norte-Sul

Paula Maciulevicius e Mariana Lopes | 25/01/2013 09:45
Máquina derruba muro em área municipal que foi invadida em dezembro. (Fotos: Rodrigo Pazinato)
Máquina derruba muro em área municipal que foi invadida em dezembro. (Fotos: Rodrigo Pazinato)
Um muro havia sido erguido pelos invasores na área que foi ocupada no dia 26 de dezembro.
Um muro havia sido erguido pelos invasores na área que foi ocupada no dia 26 de dezembro.

Como não havia casa nem barraco erguido, o cumprimento do mandado de reintegração de posse no terreno da prefeitura, na avenida Ernesto Geisel com a rua da Abolição, próximo ao shopping Norte Sul, foi tranquilo. Os moradores da região tiveram no início da manhã os barulhos de três tratores derrubando o muro erguido pelos invasores na área que foi ocupada no dia 26 de dezembro.

A derrubada da construção erguida não foi acompanhada pelos invasores e nem pela Polícia Militar. Apenas agentes da Guarda Municipal e da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e ainda o Corpo de Bombeiros que estavam no local.

Somente uma casa havia sido erguida como depósito de materiais. Mas ninguém estava no local. Segundo a vizinhança, quando souberam da decisão da Justiça, os invasores deixaram o terreno.

“É tudo gente que mora no bairro mesmo e que tem casa”, comentou a moradora Adele Evangelista de Freitas, 39 anos. A mulher diz que há 30 anos morando na região, nunca precisou invadir terreno para conseguir espaço.

“Sempre respeitamos o pedaço que é da prefeitura. Aí chega uma pessoa que até tem condições e ocupa?”, questiona.

O mandado de reintegração de posse, ordem de arrombamento e desfazimento de construção foi concedido pelo juiz Nélio Stábile, da 1ª Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos. Segundo o oficial de Justiça que levou a intimação ao terreno, apenas uma pessoa foi intimada para se defender, Jair dos Santos, 48 anos, que estava presente durante a demolição.

Ele contou que vendia frutas em uma barraca dentro do terreno antes de invadirem e começarem a murar. Apesar de Jair negar, na região, os vizinhos afirmam que ele fazia parte da ocupação.

Do final de 2012 para o início deste ano foram cinco áreas invadidas em Campo Grande. Em frente ao lixão, no bairro Dom Antônio Barbosa, cerca de 400 pessoas estão acampadas desde a véspera do Natal.

Na região do bairro Roselândia, ocupantes ficaram por menos de 10 dias em uma área pública, mas foram retirados pela prefeitura. No bairro Panorama, no início da ocupação mais de 20 famílias estavam na área e construíram até uma igreja.

Desde o final de semana passado, invasores ocuparam uma área, também pública, no Jardim das Hortênsias.

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