Prefeitura não tem prazo para resolver problemas da Avenida Ernesto Geisel
A Prefeitura de Campo Grande não tem prazo para resolver de forma definitiva os problemas estruturais da Avenida Ernesto Geisel. Trecho da via sentido bairro-centro, perto do Parque de Preservação do Anhanduí, está sendo monitorado desde terça-feira (12) após o desmoronamento da margem e rompimento da tubulação de esgoto.
Segundo informações da assessoria de imprensa, somente a execução do projeto de revitalização da avenida irá solucionar de uma vez por todas a situação. O problema, conforme o órgão, é que a obra depende do aval da Caixa Econômica Federal.
A Águas Guariroba usou pedras para resolver de forma paliativa a situação. Havendo necessidade, o município garantiu a realização de obras emergenciais para evitar que a erosão atinja o asfalto.
Não é a primeira vez que a avenida apresenta problemas e as erosões já chegaram a levar o asfalto em vários pontos nos últimos cinco anos, como em frente do Shopping Norte Sul Plaza, ao Centro de Belas Artes e ao Guanandizão.
Em 2012 houve uma licitação para as intervenções e a ordem de serviço chegou a ser assinada, mas a empreiteira desistiu, cancelando o procedimento. Em maio de 2014 um novo processo chegou a ser agendado, mas também foi anulado antes da abertura das propostas.
Pelo último cronograma submetido à Caixa Econômica Federal, em 18 meses será concluído o trecho de melhorias entre as ruas Santa Adélia (em frente do Shopping Norte Sul) e Bonsucesso, uma extensão de menos de dois quilômetros (exatos 1.832 metros).
Foi excluída da primeira etapa o trecho da revitalização no Anhanduí entre a Avenida Manoel da Costa e Lima e a Avenida Campestre, no bairro Aero Rancho, numa extensão de quase 5 quilômetros.
Todo o sistema de drenagem ao longo do rio será corrigido para pôr fim às enchentes. O fundo do rio não será concretado para garantir sua biodiversidade. Para evitar erosão e manter o leito estabilizado, serão instalados travessões a cada 20 metros.
O trecho a ser licitado está orçado em R$ 60,4 milhões, com R$ 24,1 milhões de contrapartida, um desembolso de quase R$ 900 mil por mês, dinheiro que a Prefeitura não vai precisar viabilizar por um meio de financiamento.
O Campo Grande News entrou em contato com a Caixa Econômica para saber o andamento da análise do projeto, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.