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Capital

Prefeitura tem uma semana para finalizar contrato com HU ou hospital para

Yarima Mecchi | 23/10/2016 10:02

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) tem que finalizar a repactuação do contrato com a prefeitura até o fim deste mês, para que não tenha atendimentos suspensos por falta de insumos e medicamentos.

De acordo com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o HU, a unidade está há 9 anos sem reajuste no valor dos contratos com os gestores de saúde.

Segundo a empresa, há 12 meses a unidade iniciou conversas junto à prefeitura para negociar a repactuação dos valores, mas nenhum contrato foi assinado ainda e caso o processo dos repasse não seja solucionado este mês, a unidade pode vir a fechar atendimentos.

A unidade esclarece que está prestes a assinar a repactuação com a prefeitura de Campo Grande, restando apenas trâmites legais do executivo municipal. O repasse para o hospital é de R$ 1,8 milhão sendo que são gastos mensalmente R$ 4 milhões.

A Ebserh diz ainda que mantém o hospital com recursos do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf) e portarias da empresa. E ressalta que ainda não existe decisão final para fechamento ou paralisação de nenhum setor e que o dinheiro usado para manter a unidade poderia ser utilizado para melhorar o parque tecnológico e a infraestrutura do Humap ao invés da compra de medicamentos.

Hospital Universitário é o terceiro maior do Estado. (Foto: Alcides Neto)
Hospital Universitário é o terceiro maior do Estado. (Foto: Alcides Neto)

Fase final - O secretário adjunto de saúde de Campo Grande, Victor Oliveira, afirma que a repactuação será finalizada a tempo de nenhum serviço ser interrompido. Segundo Vitor o contrato está na procuradoria do município para elaboração de minuta para assinatura. "Não foi assinado ainda porque houve um pedido de mudança no contrato feito pela Ebserh".

Ainda de acordo com Victor, o valor vai dobrar para R$ 3,6 milhões e prevê a ampliação de leitos que serão reativados e ativados. Mesmo não cobrindo os gastos que o hospital já tem e ainda ampliando os leitos o secretário afirma que a prefeitura chegou no limite do que é possível fazer pelo HU. "Para esse ano não tem mais o que conversar. Mais do que isso não tem o que fazer, vão ter que reduzir o custo", disse Victor.

O adjunto da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) disse que entende a importância do Humap, mas que ainda há outros prestadores de serviços que também recebem verba da prefeitura. "Ele é o terceiro maior do Estado, só perde para Santa Casa e Hospital Regional, mas não temos como cobrir todos os gastos", finalizou.

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