Prefeitura tenta destravar R$ 31 milhões para novos terminais de ônibus
Recurso garante reforma do Terminal Morenão, além da construção de terminais no Bairro Tiradentes, na Avenida dos Cafezais, no São Francisco, e o quarto no Conjunto Parati.
A liberação do total de R$ 30,9 milhões para custear obras de reforma e construção de terminais em Campo Grande, já assegurados há quase quatro anos, é um dos focos da Prefeitura de Campo Grande. O recurso garante a reforma do Terminal Morenão e a construção de quatro novos terminais, sendo um no Tiradentes, outro na Avenida Cafezais, o terceiro no São Francisco e o quarto no Conjunto Parati.
Segundo a prefeitura, técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos tentam resolver pendências com a CEF (Caixa Econômica Federal), para que seja possível executar as obras, que integram o Projeto de Mobilidade Urbana aprovado em 2012.
Ainda conforme informações divulgadas no site da prefeitura, até o momento a CEF só autorizou a licitação da obra do terminal na Avenida Cafezais, orçada em R$ 6,7 milhões. Há pendências em relação ao projeto de reforma do Morenão (orçado em R$ 2,6 milhões). No caso dos novos terminais, a prefeitura precisa regularizar a posse das áreas, com a conclusão dos processos de desapropriação . O Terminal Parati custará R$ 5,9 milhões e o do São Francisco, R$ 9 milhões.
PAC - Após quatro anos, os custos das obras previstas no Projeto de Mobilidade Urbana foram atualizados para R$ 141,1 milhões. A contrapartida pulou de R$ 7,2 milhões para R$ 31 milhões.
“Este (o dinheiro da contrapartida) é um complicador diante das dificuldades financeiras enfrentadas pela prefeitura”, analisou o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese.
O projeto contempla, além de novos terminais, implantação 60 quilômetros de corredores de transporte (Sul, Sudeste e Norte); construção de um viaduto (de R$ 33 milhões) na rotatória da Avenida Interlagos com a Gury Marques, que já tem o projeto pronto; quatro estações de pré-embarque (R$ 18,4 milhões) e a aquisição de 500 abrigos (R$ 3,4 milhões), que são atrelados a implantação dos corredores de transporte.
Rudi Fiorese acredita que o Projeto de Mobilidade Urbana como um todo não será afetado pela portaria 633 do Ministério das Cidades, publicada na edição do 29 de dezembro do ano passado. A portaria cancelou propostas de mobilidade urbana encaminhadas pelas prefeituras das capitais, financiadas com recursos do OGU (Orçamento Geral da União). Os projetos foram pré-habilitados em julho de 2014 (portaria 414), ainda no Governo Dilma Roussef.
Na segunda-feira (9), o Campo Grande News apontou que reformas de terminais e requalificação de avenidas por onde passa o transporte coletivo entraram na lista de projetos insubsistentes do Ministério das Cidades.
As propostas foram inseridas no Pacto da Mobilidade em 28 de julho de 2014. Tendo como fonte o OGU, os projetos eram para: qualificação dos eixos estruturadores de transporte coletivo nas avenidas Mato Grosso, Tamandaré, Mascarenhas de Moraes, Ernesto Geisel e rua Dr. Euler de Azevedo; e reforma dos terminais Moreninhas, Guaicurus e Bandeirantes.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério das Cidades, os projetos continuarão prioritários na medida em que forem importantes para a mobilidade de Campo Grande. Ainda segundo o ministério, com o cenário econômico e as dificuldades enfrentadas por Estados e municípios, houve revisão da carteira de projetos.
Segunda etapa - O chamado PAC-50 da Mobilidade Urbana, segunda etapa do Projeto de Mobilidade, não deve sair do papel por conta do agravamento da crise econômica. Este PAC previa investimento de R$ 630 milhões, sendo R$ 380 milhões para implantação de um metrô de superfície, no modal Veiculo Leve sobre Trilho (VTL), no trecho entre o Aeroporto Internacional e a Universidade Federal, aproveitando o canteiro central da Via Morena e Avenida Duque Caxias.
Outros R$ 35 milhões seriam para a construção de um viaduto na rotatória da Via Parque com a Avenida Mato Grosso; recapeamento de várias avenidas, como a Tamandaré, Euler de Azevedo ,Mascarenhas, Ernesto Geisel (da Salgado Filho até a Mascarenhas), além da própria Mato Grosso.
O projeto contemplava ainda a construção de um terminal na Praça Ari Coelho (ao custo de R$ 5 milhões); transformar a antiga estação rodoviária em estação de apoio e mais R$ 15 milhões para reformar todos os atuais terminais (com exceção do Morenão, previsto na primeira etapa). Outros R$ 70 milhões seriam para construir e equipar uma Central de Monitoramento do Transporte e trânsito na antiga área da Agetran, em frente ao Horto Florestal.