Presa após invadir abrigo, mãe alega maus-tratos na instituição e nega ameaças
Mulher de 31 anos afirma que menino de 1 ano e 2 meses foi maltratado durante acolhimento
A mulher de 31 anos, autônoma, presa no domingo (29) após invadir um abrigo em Campo Grande e retirar o filho de 1 ano e 2 meses, afirma que agiu para proteger a criança de maus-tratos dentro da instituição. Segundo ela, ao ver o menino durante uma visita, encontrou hematomas, fralda suja, roupas apertadas e sintomas de gripe na criança.
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Uma mulher de 31 anos foi presa após invadir um abrigo em Campo Grande e retirar seu filho de 1 ano e 2 meses. Ela alega ter agido para proteger a criança de supostos maus-tratos na instituição, afirmando ter encontrado hematomas e sinais de negligência durante uma visita. O caso teve início em setembro, quando a mãe sofreu um surto psicótico e o Conselho Tutelar encaminhou a criança ao abrigo. A mulher tem histórico de ocorrências anteriores, incluindo uma prisão em janeiro por supostas ameaças ao pai do bebê, que mora na Bahia. A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que o caso está sendo acompanhado pela Vara da Infância.
O episódio que levou o bebê ao acolhimento começou em 19 de setembro de 2025, quando a mãe passou por um surto psicótico após dias sem dormir. A Polícia Militar foi acionada para ir à casa da família, no bairro Mata do Jacinto, e, diante da situação, o Conselho Tutelar decidiu levar a criança. Desde então, o menino permaneceu em um abrigo.
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Cerca de dez dias depois, em 29 de setembro, a mulher foi até o local exigir ver o filho. Ela afirma que não conseguiu contato adequado com a criança e que apenas a avó materna tinha autorização para visitas, mas estava impedida por problemas de saúde. “Quando vi meu filho, percebi hematomas no braço, rosto inchado, fralda suja de horas e até chinelo apertado machucando os pés. Ele estava diferente, assustado, traumatizado. Não aguentei e peguei ele”, disse.
A mãe contou que, após sair do abrigo com o bebê, passou algumas horas em um hotel e depois o levou a um hospital particular. “Ele estava gripado, com febre e dificuldade para respirar. Se eu quisesse o mal do meu filho, não o teria levado a um hospital. Eu amo o meu filho mais do que tudo”, relatou. No hospital, ela acabou presa em flagrante.
Registros oficiais - De acordo com a Polícia Militar, a invasão ao abrigo ocorreu no dia 29 e a criança foi levada à força. Horas depois, mãe e filho foram localizados em um hospital. A médica que atendeu o menino declarou que não havia sinais de gripe nem lesões recentes, apenas hematomas antigos.
Essa não foi a primeira ocorrência envolvendo a família. Em 6 de janeiro deste ano, a mulher foi presa em flagrante sob acusação de ameaçar cortar o bebê, então com cinco meses, e enviar os restos ao pai, que mora na Bahia. Ela, no entanto, nega e sustenta que a ameaça foi direcionada ao pai da criança.
Relatórios anexados ao caso apontam ainda que a mãe enfrenta transtornos psicológicos, com episódios de alucinação e desconfiança até em relação aos próprios pais. A residência também foi descrita pela polícia como em situação de desordem, o que motivou a atuação da rede de proteção. Sobre a bagunça, a mulher alega que a família estava em processo de mudança para outro bairro da Capital.
O que diz a prefeitura - A Secretaria Municipal de Assistência Social informou que, em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não fornece informações individualizadas sobre menores acolhidos. A pasta destacou ainda que o caso é acompanhado pela Vara da Infância e que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas.
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