Presa por incendiar mulher trans está envolvida em morte de motorista em motel
Vítima teve casa incendiada por outra e foi socorrida com 90% do corpo queimado
Travesti identificada como Yara, presa por incendiar o corpo de uma mulher trans Pamela Myrela, na madrugada desse domingo (19), também tem envolvimento no caso do caminhoneiro Jeferson Pontes Barbosa, de 33 anos, encontrado morto no dia 8 de janeiro, em um motel de Campo Grande. Momentos antes da morte, o caminhoneiro brigou com um garoto de programa e com Yara.
De acordo com a polícia, no primeiro caso, tudo começou com discussão porque a vítima teve problema para pagar o segundo acompanhante. “Ele pagou o motel, a travesti e o segundo rapaz, parece que o aplicativo do banco bloqueou”, explicou o delegado Sam Suzumura. Câmera de segurança registrou a briga entre Jeferson e a travesti. Também flagrou o momento em que a vítima passou mal e morreu.
Apesar das agressões, o caminhoneiro pode ter morrido por overdose. O delegado Sam ainda aguarda laudos que apontarão a causa da morte.
Entenda - Yara foi presa por tentativa de homicídio após deixar uma Pamela em estado gravíssimo, com 90% do corpo queimado, em Campo Grande. Tudo aconteceu após desentendimento em uma boate.
Por conta da confusão que teria envolvido Pamela, Yara e uma amiga conhecida como Baby foram expulsas do local. Por vingança, segundo a delegada Cynthia Gomes, as duas foram até a um posto de combustíveis e compraram gasolina. "A suspeita sabia onde a vítima morava e então foi até a casa dela", explica a policial.
Na porta do imóvel, na Vila Carvalho, as suspeitas chamaram a vítima pelo nome e, quando ela saiu, Baby jogou gasolina no chão, nas frestas da casa e no corpo da mulher trans. Na sequência, acendeu um isqueiro e ateou fogo.
Apenas um quarto foi atingido e um colchão destruído, porque o vizinho deu conta de apagar o fogo e retirar a vítima do imóvel. Contudo, Pamela tinha queimaduras em 90% do corpo. Ela está em estado gravíssimo na Santa Casa.
Ontem mesmo a polícia conseguiu localizar as duas suspeitas em uma pensão no Bairro Amambaí. Elas foram presas em flagrante e encaminhadas para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol.
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