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Capital

Preso com arsenal e implicado em milícia, guarda municipal é demitido

Marcelo Rios está preso desde que foi flagrado com arsenal relacionado a crimes de homicídio

Izabela Sanchez | 04/09/2019 10:16
Marcelo Rios, no dia 28 de maio, no centro de triagem (Foto: Henrique Kawaminami)
Marcelo Rios, no dia 28 de maio, no centro de triagem (Foto: Henrique Kawaminami)

O guarda municipal Marcelo Rios foi demitido da GCM (Guarda Civil Metropolitana) conforme decreto assinado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) e divulgado no Diário Oficial desta quarta-feira (4). Suspeito de integrar milícia e preso com arsenal, ele foi desligado da corporação após sofrer investigação interna. Marcelo foi preso em maio e teve o pedido de transferência para Mossoró (RN) autorizado pela Justiça.

Em 19 de maio operação do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros) em uma casa na Rua José Luiz Pereira, no Jardim Monte Líbano, levou à descoberta de um arsenal formado por dois fuzis AK-47, quatro calibre .556, uma espingarda calibre 12, 17 pistolas, um revólver e várias munições, além de silenciadores, lunetas e bloqueadores de sinal de tornozeleiras eletrônicas. 

A suspeita é de que o armamento tenha sido usado, pelo menos, em três execuções na Capital – os fuzis AK-47 têm o mesmo calibre das balas encontradas nos assassinatos do ex-chefe de segurança da Assembleia Legislativa, o subtentente Ilson Martins Figueiredo; de Orlando Silva Fernandes (o “Bomba”); e de Matheus Coutinho Xavier, filho de capitão reformado da Polícia Militar.

Após a apreensão, os policiais civis chegaram a Rios, que foi preso sob suspeita de participar de uma milícia – da qual outros guardas também seriam integrantes – e se tornou réu por posse de armas, receptação e adulteração de veículo roubado.

Grupo de extermínio – Além dele, outros dois guardas municipais e um auxiliar de segurança foram denunciados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) por obstruir investigação e integrar grupo de extermínio responsável por três execuções em Campo Grande. O processo tramita em sigilo na 3º Vara Criminal de Campo Grande.

Robert Vitor Kopetski, Rafael Antunes Vieira – guardas municipais - e Flávio Narciso Morais da Silva foram denunciados por ameaçar e coagir a esposa do guarda Marcelo Rios. No dia da prisão, conforme a denúncia, a mulher prestou informações relevantes sobre a atuação de membros do grupo criminoso. Ela disse que além de guarda, o marido atuava na segurança de empresário. Na sequência, a testemunha passou a ser ameaçada pelos três.

Titular da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), Valério Azambuja já adiantou que Robert e Rafael também serão demitidos. Conforme Azambuja, os processos administrativos abertos contra os três estão concluídos.

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