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Capital

Preso de 19 anos ordenou ataques a ônibus na Capital, revela polícia

Nyelder Rodrigues | 19/04/2016 21:53
Presos após ataques foram apresentados nesta terça-feira (Foto: divulgação PC)
Presos após ataques foram apresentados nesta terça-feira (Foto: divulgação PC)

A Polícia Civil revelou nesta terça-feira (19) que o detendo da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande que ordenou ataques a três ônibus em Campo Grande, na madrugada do dia 14 deste mês, é Bruno de Melo Garcia, de apenas 19 anos. Ao todo, 12 pessoas estão envolvidas nos ataques, sendo que apenas uma segue foragida. Quatro adolescentes foram apreendidos.

Conforme a apuração da Polícia Civil, feita em conjunto com Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros), Deco (Combate ao Crime Organizado) e Deaij (Atendimento a Infância e Juventude), quem recebeu a ordem fora do presídio foi Márcio Sanches Fretes, de 20 anos, após receber uma ligação de Bruno de dentro da unidade penal. Ele já foi preso.

Logo após a ação, quatro pessoas foram detidas pelo BPChoque (Batalhão de Polícia Militar de Choque), enquanto outras seis foram capturadas depois pela Polícia Civil. Josiel Aparecido Lemos da Silva, conhecido como Corumbá, é o foragido que segue sendo procurado pela autoridades policiais, já tendo sido decretada sua prisão preventiva.

Os outros quatro presos são Jean Pierre de Barros Romero, de 38 anos, Diogo Silva dos Santos, 20 anos, Jefferson Ricardo de oliveira, 20, e Adrian Pierre Vieira Romero, de 18. Apesar de já estar cumprindo pena na Máxima, o mandante dos ataques, Bruno, também teve prisão preventiva decretada e responderá por mais esse crime. Já os adolescentes apreendidos tem 17, 15 e dois deles 14 anos.

Delegados que participaram das investigações participaram de entrevista coletiva (Foto: divulgação PC)
Delegados que participaram das investigações participaram de entrevista coletiva (Foto: divulgação PC)

Os envolvidos no crime já foram indiciados por organização criminosa, furto, roubo qualificado, receptação dolosa, incêndio doloso, disparo de arma de fogo, dano qualificado, tráfico de drogas e tentativa de homicídio.

Conforme apurado pelo Campo Grande News em matéria do dia 16, Bruno deve ser transferido para a Penitenciária Estadual de Dourados - cidade localizada a 233 km da Capital. Ele não seria líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que age em vários estados pelo Brasil e tem forte presença nos presídios destes locais.

O motivo para que fosse ordenado os ataques foi uma retaliação ao curso de incursão rápida em presídios, que os agentes penitenciários recém formados pela Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) fizeram durante todo o dia anterior aos ataques em que dois ônibus foram queimados e um apedrejado.

Na operação pente-fino feita pelos agentes penitenciários, foram encontrados 71 celulares, chips e várias porções de drogas, além de outros objetos proibidos no presídio. A Deco é quem dará prosseguimento às investigações, já que existe a possibilidade de envolvimento de mais pessoas no crime, tanto na ordem dos ataques, como na entrada de celulares no presídio.

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