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Capital

Professores cumprem ameaça de paralisação e prefeito Marquinhos corta ponto

Rede de ensino tem 109 mil estudantes, 204 escolas e 8 mil professores na ativa

Aline dos Santos, Bruna Marques, Mariely Barros, Cleber Gellio e Silvia Frias | 11/03/2022 07:55
Portão fechado e aviso de aulas suspensas na Escola José Rodrigues Benfica. (Foto: Mariely Barros)
Portão fechado e aviso de aulas suspensas na Escola José Rodrigues Benfica. (Foto: Mariely Barros)

Os professores cumpriram a promessa de paralisação e parte das escolas da Rede Municipal de Ensino amanheceram fechadas nesta sexta-feira (dia 11) em Campo Grande. Os docentes terão o ponto cortado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD).

No portão do Colégio José Rodrigues Benfica, no Bairro Amambaí, um comunicado avisa que hoje não tem aulas, situação que será normalizada na segunda-feira (dia 14).

A reportagem apurou que os pais foram comunicados ontem, durante reunião, de que os professores cruzariam os braços nesta sexta-feira. A paralisação também deixou sem aulas os estudantes da Escola Iracema Maria Vicente e Centro de Educação Infantil Zacarias Vieira de Andrade, ambos no Bairro Rita Vieira.

Já na Escola Arlindo Lima, na Barão do Rio Branco, os alunos terão aulas até às 9h. Na sequência, acontece reunião de pais. O colégio informa que o encontro estava agendado no calendário escolar, divulgado previamente.

No Colégio Coronel Antonino, as aulas estão normais. Segundo funcionário, os professores aguardam posicionamento da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública).

Escola Arlindo Lima tem aula até às 9h. Depois, acontece reunião com os pais. (Foto: Henrique Kawaminami)
Escola Arlindo Lima tem aula até às 9h. Depois, acontece reunião com os pais. (Foto: Henrique Kawaminami)

O sindicato informou que não fará levantamento da adesão, por se tratar de paralisação de apenas um dia. A ACP aponta que algumas escolas podem manter a abertura, mesmo com a falta de parte dos docentes.

A categoria mudou a programação prevista para hoje. O protesto, marcado anteriormente para 8h, foi alterado para 14h. A assembleia, que pode referendar greve por tempo indeterminado, será realizada de manhã, a partir das 8h.

Ainda conforme o sindicato, a prefeitura ofereceu 67% de reajuste escalonado até 2024, o que foi aceito. “A única reivindicação da categoria é que a prefeitura dê a garantia jurídica de que tais correções serão aplicadas conforme estabelece a lei para a integralização do piso nacional do magistério, ao piso municipal por 20h”, informa nota.

A Semed (Secretaria Municipal de Educação) ainda não tem balanço da adesão à paralisação de hoje. A Reme tem 109 mil estudantes, 204 escolas e oito mil professores na ativa.

Reação - Em vídeo publicado na tarde de ontem, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) disse que hoje é dia letivo e que os professores faltantes terão o ponto cortado. “Eventual falta indevida e não justificada será descontada do faltante, até porque, não é justo que as famílias e os bons profissionais sejam penalizados pelas atitudes de alguns.”

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