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Capital

Promotor acusa matador de Carla por homicídio, vilipêndio e ocultação de cadáver

Criminoso confesso Marcos André Vilalba de Carvalho está preso desde 14 de julho e rejeitou transferência de penitenciária

Marta Ferreira | 30/07/2020 15:40
Marcos André Vilalba de Carvalho, de 21 anos, na foto da identidade. Ele está preso e confessou assassinato. (Foto: Direto das Ruas)
Marcos André Vilalba de Carvalho, de 21 anos, na foto da identidade. Ele está preso e confessou assassinato. (Foto: Direto das Ruas)

O promotor de Justiça Douglas Oldegardo dos Santos denunciou por homicídio qualificado, por quatro vezes, incluindo feminicídio, por vilipêndio e ocultação de cadáver o assassino confesso de Carla Santana Magalhães, de 25 anos. A pena possível passa dos 38 anos.

Preso desde 14 de julho, Marcos André Vilalba de Carvalho, de 21 anos, cometeu o crime na noite do dia 30 de junho para 1º de julho.

Vizinho de Carla, na Rua Nova Tiradentes, ele atacou a moça quando ela passava na rua para ir ao mercado comprar café, matou com golpes de faca de 30 centímetros e dormiu por dois dias com o corpo debaixo da cama. Antes disso, lavou o cadáver e cometeu necrofilia.

No dia 3 de julho, de madrugada, devolveu o cadáver, sem roupas, na varanda de um bar na esquina da mesma rua. O crime, sem exagero, foi um dos mais chocantes já registrados nos  últimos anos em Campo Grande.

Na confissão, feita em três etapas de depoimento, a única motivação apresentada foi  um bom dia não respondido pela jovem, a quem não conhecia.

 Os crimes - Para a acusação, Marcos André deve ser processado por homício qualificado por motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e, ainda, feminicídio. Nesse último caso, foi mantido o entendimento do delegado de Polícia Civil que investigou o assassinato de que houve menosprezo à condição de mulher.

Agora, a peça acusatória aguarda a manifestação do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, a quem cabe conduzir a ação criminal. A ele cabe receber a denúncia e marcar as audiências para ouvir acusação e defesa.

Não quero – Marcos André rejeitou a ideia de pedir transferência para outra unidade, indo contra o pedido da própria defesa, que pediu a ida dele para outra unidade. A alegação apresentada foi de ter sofrido agressões no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), para Marcos André onde foi levado no dia 20 de julho.

O matador confesso, porém, assinou termo de declaração informando à Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário) não ter interesse de mudança de presídio e dizendo estar convivendo bem com a massa carcerária na unidade onde está. O Instituto tem ala específica para criminosos sexuais, os chamados “Jacks”, onde vai ficar preso aguardando andamento da ação criminal.

A advogada dele, Michelli Gomes Francisco, informou ter estranhado o fato, pois segundo ela, viu sinais de agressões no cliente, mas disse que agora o encaminhamento é aguardar o andamento da ação. Ela havia dito assim que assumiu o caso que avalia a alegação de insanidade mental.

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