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Proteco diz que não tem prazo para pagar funcionários de Aquário

Antonio Marques | 27/07/2015 19:28
Funcionários demitidos após empresa ser afastada de obra emblemática (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Funcionários demitidos após empresa ser afastada de obra emblemática (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Os 35 funcionáios da Proteco Construções Ltda, afastada pelo governo do Estado das obras do Aquário do Pantanal, vão ter de aguardar as rescisões trabalhistas sem trabalhar. A empresa pediu de 10 a 15 dias ao Sintracom ( Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Campo Grande) para apresentar uma solução sobre a data para assinar o TEC (Termo de Rescisão de Contrato).

A grande maioria dos trabalhadores ocupa cargos de pedreiros e auxiliares, que realizam o serviço pesado na obra. Foram trazidos dos estados do Nordeste (Sergipe, Ceará, Alagoas) e alguns já estão em Campo Grande há um ano e meio, outros ha três meses. Com exceção de um que trouxe a família e alugou uma casa na Capital, o restante está morando em um alojamento na Vila Progresso, que é pago pela Proteco.

Segundo o vice-presidente do Sitracom, Marcos Cesar Ribeiro Gonçalves, a Proteco pediu que os funcionários permaneçam no alojamento aguardando a data para o recebimento da rescisão trabalhista. Até que isso não ocorra, os trabalhadores vão poder permanecer no local, com tudo por conta da construtora.

Em conversa com os responsáveis pelo departamento financeiro e de pessoal da Proteco, Marcos disse que a empresa garantiu que vai honrar com todos os direitos trabalhistas dos funcionários que atuavam na obra do Aquário. “A situação é indefinida com relação a uma data, mas pediram um prazo até tenham um norte para realizarem os acertos”, comentou o sindicalista.

Conforme Marcos Gonçalves, o sindicato vai acompanha a situação de perto e vai aguardar o prazo legal para o cumprimento da legislação. Para ele, a empresa alegou que no dia do protesto em frente ao canteiro da obra, na última sexta-feira, 24, houve falha na comunicação com os funcionários, que ficaram sem o café da manhã, mas que tudo já teria sido sanado e eles estão recebendo a alimentação conforme estabelecido.

O dirigente sindical lembrou que se a Proteco não pagar os salários dos funcionários dentro do quinto dia útil do mês seguinte estará sujeita a multa. “Se a empresa não cumprir o prazo combinado, vamos acionar o Ministério do Trabalho. Mas esperamos que os representantes possam manter o combinado”, ressaltou, acrescentando que já está certo que todas as homologações trabalhistas serão realizadas no sindicato, independente do prazo do contrato de trabalho.

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