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Capital

Quieta e com rosto coberto, assassina de chargista chega à delegacia

Colchão manchado de sangue denunciou massagista; mulher prestará depoimento ainda hoje

Liniker Ribeiro e Mirian Machado | 24/11/2020 19:02



Clarice Silvestre de Azevedo, de 44 anos, já está em Campo Grande. Assassina confessa do chargista Marco Antônio Rosa Borges, de 54 anos, a mulher que se apresentou à polícia em São Gabriel do Oeste, a 140 quilômetros da Capital, foi trazida por policiais civis para a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos crimes de Homicídios).

Com o rosto coberto, a mulher se manteve em silêncio ao ser questionada pela reportagem do Campo Grande News sobre a autoria do crime.

Na Capital, a massagista, que afirma ter tido um relacionamento aberto com a vítima, prestará depoimento para esclarecer os fatos. Como por exemplo, colchão com manchas parecidas com sangue, encontrado em sua residência, onde a mulher também mantém seu local de trabalho.

Clarice com o rosto coberto ao chegar à delegacia (Foto: Paulo Francis)
Clarice com o rosto coberto ao chegar à delegacia (Foto: Paulo Francis)

Ao confessar o crime, Clarice alegou ter levado dois tapas no rosto durante discussão com a vítima. Em seguida, ela afirmou ter o empurrado de escada, vindo Marco Antônio a bater com a cabeça. Teria sido nesse momento que o chargista foi esfaqueado e, em seguida, esquartejado.

O corpo da vítima ainda foi colocado dentro de sacos de lixo e, em três malas, levado para terreno baldio na região do Jardim Corcovado.

Mais cedo, o delegado Carlos Delano, da DEH, afirmou que a prisão temporária de Clarice já havia sido solicitada, na noite de ontem. Além do colchão, o fato da massagista ter sido convocada para depoimento, na segunda-feira (24), e desaparecido, inclusive estando com o celular desligado duas horas e meia antes do horário marcado para comparecer à delegacia, denunciou a então suspeita.

Segundo apurado pela reportagem, a massagista tinha por intenção tornar pública a relação que mantinha com o chargista, porém ele seria contrário a isso. Assim, até mesmo familiares da vítima não saberiam dizer ao certo há quanto tempo os dois estariam juntos.

Movimentação no local onde restos mortais do chargista foram encontrados (Foto: Kísie Ainoã)
Movimentação no local onde restos mortais do chargista foram encontrados (Foto: Kísie Ainoã)


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