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Capital

Rapaz fugiu do local de acidente porque ficou assustado, diz advogado

Francisco Júnior e Luciana Brazil | 31/05/2012 08:49

Richard Ildivan Gomide Lima está detido na delegacia. Ele foi atuado por homicídio doloso. (Foto: Luciana Brazil)
Richard Ildivan Gomide Lima está detido na delegacia. Ele foi atuado por homicídio doloso. (Foto: Luciana Brazil)

O advogado do estudante Richard Ildivan Gomide Lima, 21 anos, que matou o segurança Davi Del Vale Antunes, 31 anos, em um acidente de trânsito na madrugada de hoje, na avenida Afonso Pena, disse que seu cliente tentou fugir porque ficou assustado com a situação.

Conforme o advogado Marlon Ricardo Lima Chaves, Richard ligou para namorada e pediu a ela que chamasse o resgate, em seguida deixou o local. O advogado afirmou que o registro da ligação consta no celular da jovem.

O estudante está preso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do centro, onde presta depoimento. Ele foi preso a cerca de 250 metros do local do acidente, após o carro dele enguiçar.

O acidente aconteceu por volta das 4 horas. O carro Punto conduzido pelo estudante atingiu a traseira da moto pilotada por Davi Del Vale Antunes, 31 anos. Com o impacto, a vítima morreu na hora.

Davi foi lançado a 38 metros de distância e a moto a 57 metros, conforme constatado pela perícia. No cruzamento ficaram pedaços da moto e do carro, além de vestígios de sangue.

A Polícia acredita que o condutor estava a mais de 120 quilômetros por hora quando atingiu Davi, que tinha acabado de sair do bar Miça, onde trabalhava como segurança. Davi Del Vale estava voltando para casa. Ele era casado e deixa um filho de um ano.

Richard foi autuado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Sírio da Silva Oliveira, parente da vítima, foi até a delegacia buscar os pertences de Davi recolhidas no local do acidente. Segundo ele, a esposa do segurança está em estado de choque.

Segundo ele, o corpo de Davi ainda está no IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) e, provavelmente, será sepultado em Jardim, onde moram os familiares do segurança.

“ A gente nunca imagina que isso possa acontecer com a gente”, disse.

O policial militar Ailton Aparecido Araquan era amigo Davi e foi um dos primeiros a chegar ao local do acidente. De acordo com ele, a vítima era uma pessoa trabalhadora e muito querida por todos. “Nós queremos justiça”, afirma.

O PM conta que o amigo, antes de ir para casa, ligou para a esposa avisando que iria comprar algo para eles comerem. “Como deu cinco horas e ele não chegou ela me ligou. Eu não pude falar nada o que tinha acontecido”.

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