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Capital

Reparos na Casa do Artesão podem começar só no fim de janeiro

Flávia Lima | 29/12/2015 10:12
Secretário Athayde Nery foi à Casa do Artesão conferir os danos no teto do prédio. (Foto:Fernando Antunes)
Secretário Athayde Nery foi à Casa do Artesão conferir os danos no teto do prédio. (Foto:Fernando Antunes)
Com oito mil peças catalogadas, local é um dos mais procurados por turistas que desejam comprar recordações do Estado. (Foto:Fernando Antunes)
Com oito mil peças catalogadas, local é um dos mais procurados por turistas que desejam comprar recordações do Estado. (Foto:Fernando Antunes)

O secretário de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação do Estado, Athayde Nery, vistoriou na manhã desta terça-feira (29), na Casa do Artesão, localizada na esquina das avenidas Afonso Pena e Calógeras, centro de Campo Grande, para conferir os danos causados em parte do teto devido às chuvas da semana passada. O prazo inicial, de concluir reformas no local até meados de janeiro, ficou para trás: a previsão é terminar até o fim do próximo mês o processo de licitação do projeto.

Galhos de uma árvore em frente ao prédio também contribuíram com os danos, já que tombaram sobre o telhado. Acompanhado da secretária-adjunta de Cultura de Mato Grosso do Sul, Andrea Freire, ele acompanhou o início dos trabalhos de poda realizados pela Energisa, que já esteve no local na tarde desta segunda-feira (28), retirando parte da galhada.

Apesar de depender dos laudos do Corpo de Bombeiros e de técnicos da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), Athayde diz acreditar que reparos emergenciais possam ser feitos no prazo máximo de 30 dias, a um custo entre R$ 4 mil e R$ 5 mil. “Terá que ser aberto um edital de emergência, mas acredito que os trâmites serão rápidos”, diz.

Por segurança, uma das entradas da Casa do Artesão foi fechada, sendo mantida apenas a da Afonso Pena, porém a secretária-adjunta Andrea Freire afirmou que o espaço não oferece riscos aos visitantes. “Os bombeiros já tiveram aqui e solicitaram a interdição apenas da entrada da esquina com a Calógeras. O restante do prédio é seguro”, ressalta.

Em relação ao projeto de segurança contra incêndio e pânico, exigido pelo Corpo de Bombeiros, Andrea Freire disse que o documento será elaborado em 30 dias, que podem ser prorrogáveis. Apesar de ter equipamentos de segurança e combate ao fogo, como extintores, eles estão em locais de difícil acesso, além de necessitar de novas sinalizações, conforme avaliação dos bombeiros.

Andrea Freire também garantiu que as atividades da Casa do Artesão serão mantidas até que se inicie os reparos.
Quanto ao projeto para a reforma do espaço, parado desde 2012, ela acredita que voltará a tramitar no Ministério da Cultura no próximo mês, mas acredita que a verba só será liberada no segundo semestre de 2016, já que foi concebido com base em emenda parlamentar do senador Waldemir Moka (PMDB).

“Estava tudo pronto para o dinheiro sair este ano, mas com a crise, os recursos foram cancelados”, diz Andrea.
Inicialmente a reforma custaria R$ 250 mil, mas com a readequação deve custar de R$ 300 mil a R$ 500 mil, segundo o secretário Athayde Neri. De acordo com o secretário, desde 2002 o prédio, inaugurado em 1918 e que sediou a primeira agência do Banco do Brasil na cidade, não sofre qualquer tipo de intervenção ou manutenção.

O resultado é um aspecto de abandono na fachada, com parte do reboco deteriorado e pintura descascando. Outros pontos que necessitam de reparos emergenciais são as instalações hidráulicas e elétricas, que devido a deterioração causaram infiltrações e umidade.

Prejuízos – Com a chuva de sexta-feira (25), uma verdadeira cachoeira se formou dentro do prédio, obrigando a suspensão do atendimento ao público, o que causou prejuízo de R$ 2 mil, segundo a gestora da Casa, Eliane Torres.

Segundo ela, os meses de dezembro a fevereiro e julho e agosto são os mais rentáveis, já que são períodos de férias escolares e o local recebe um grande fluxo de turistas. Nessa época o movimento chega a mil pessoas por dia, um acréscimo de 50% no movimento.

No total, a Casa do Artesão conta com oito mil peças catalogadas a venda. “É um espaço muito procurado porque temos produtos de todo tipo e que traduzem a cultura do Estado. Todos podem levar uma lembrança a preços em conta”, afirma Eliane.

Devido a essa procura, a secretária-adjunta Andrea Freire garantiu que quando as obras de reforma tiverem início, vai buscar um outro espaço para comercializar as obras e não prejudicar os artesãos. “Creio que a reforma geral deve durar no máximo, três meses”, destaca.

Ela explica que a ideia é firmar uma parceria com empresas privadas para garantir a manutenção do prédio, que é orçada entre R$ 5 e R$ 10 mil.

A gestora Eliane Torres também espera que um novo concurso seja realizado em 2016 para fortalecer o quadro de funcionários da Casa do Artesão, que hoje conta com sete servidores. “O ideal seria entre dez e 12 pessoas para que pudéssemos abrir aos sábados o dia todo”, diz.

O secretário Athayde Neri disse que a solicitação é antiga e espera realizar o processo seletivo no próximo ano. O horário de funcionamento do prédio é de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas e aos sábados das 8 horas ao meio-dia.

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