Réu por matar rapaz a tiros na frente da esposa é condenado a 11 anos
Crime aconteceu em agosto de 2014 e foi motivado por ciúmes; julgamento aconteceu nessa sexta-feira
Leomar Campos Moraes foi condenado a 11 anos de prisão pelo assassinato de Renato Leal. O crime aconteceu em 30 de agosto de 2014, na Rua Caraíba, Bairro Jardim Canguru, em Campo Grande, a vítima foi executada com 4 tiros na frente da esposa. O réu passou por julgamento nesta sexta-feira (31), na 2ª Vara do Tribunal do Júri.
RESUMO
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Leomar Campos Moraes foi condenado a 11 anos de prisão pelo assassinato de Renato Leal, ocorrido em 30 de agosto de 2014, no Jardim Canguru, em Campo Grande. A vítima foi executada com quatro tiros na frente da esposa, após desentendimentos anteriores motivados por ciúmes. O crime foi qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Leomar confessou o crime e alegou legítima defesa, afirmando ter sido ameaçado anteriormente. O juiz Aluízio Pereira dos Santos também determinou indenização de R$ 10 mil aos herdeiros da vítima.
De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Renato caminhava pela rua com sua esposa quando Leomar se aproximou. O homem estava na garupa de uma motocicleta conduzida por Marcos Rodrigues dos Santos.
O réu desceu do veículo e então sem avisar atirou contra Renato. O homem foi atingido e morreu no local. A dupla fugiu com a motocicleta e foi denunciada por homicídio qualificado por motivo torpe já que foi motivado por desentendimentos anteriores entre Leomar e a vítima por ciúmes.
Além disso, o MPMS declarou que a vítima foi atingida de surpresa por dois tiros nas costas e quando já estava caída, foi ferida com mais dois disparos na cabeça, recurso que dificultou sua defesa.
Leomar se apresentou na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga no dia 2 de setembro daquele ano e, em depoimento confessou ter dado cinco tiros contra Renato com um revólver calibre 38 que foi entregue à polícia. O homem afirmou que não tinha intenção de matar a vítima, mas foi apenas “tirar satisfações” porque ele queria “ficar com sua mulher”.
No entanto, ele ficou sabendo que Renato teria dito que o “pegaria” e se sentiu ameaçado. No dia do crime ele estava na casa de sua sogra quando o Renato chegou e o insultou. “O que você está querendo? O que você quer eu quero em dobro. Eu vou te matar”, teria dito o homem.
O homem estava armado, segundo o relato de Leomar e aparentava estar bêbado. Ele foi tirado do local . O acusado decidiu pegar um revólver e esclarecer a situação. Ele encontrou “Caquinho” em um bar e pediu para que ele o levasse até a casa da mãe de sua esposa. No caminho contou sobre a ameaça e os dois decidiram ir até a vítima.
Quando eles encontraram com Renato, ele teria levado a mão na cintura onde estava uma arma de fogo. Leomar então sacou seu revólver e atirou a uma distância de cinco metros, não sabendo que a vítima havia sido atingida. Depois foi embora. O homem estava preso e passou por julgamento ontem. Já Marcos foi impronunciado por falta de provas.
Durante o júri, os advogados Ronaldo Braga e Raquel do Valle Pereira, que atuam na defesa de Leomar sustentaram as teses de legítima defesa, excesso exculpante, domínio de violenta emoção e afastamento das qualificadoras.
O Conselho de sentença reconheceu a violenta emoção e condenou o réu pelo homicídio qualificado pela surpresa. Com isso, o juiz Aluízio Pereira dos Santos o sentenciou a 11 anos e onze meses de prisão em regime fechado. Ele também fixou indenização no valor de R$ 10 mil aos herdeiros da vítima, por dano moral.
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