Saúde abre auditoria sobre entrega de equipamentos feito pela Apae
Decisão foi motivada por reclamações de pacientes para a secretaria, entidade afirma que procedimento é comum

A entrega de insumos de saúde, como cadeiras de rodas motorizadas e próteses ortopédicas, realizada pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), é objeto de auditoria da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). A medida foi tomada após a pasta receber manifestações de pacientes que utilizam os equipamentos.
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A Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande iniciou uma auditoria na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) para avaliar a entrega de insumos de saúde, como cadeiras de rodas motorizadas e próteses ortopédicas. A medida foi tomada após manifestações de pacientes sobre atrasos nas entregas. A Apae confirmou as reclamações e informou que investiu R$ 2,6 milhões em 2.185 cadeiras de rodas em 2024. A entidade atribui os atrasos ao aumento da demanda e dificuldades financeiras, destacando a necessidade de readequação dos repasses das esferas federal, estadual e municipal.
Em nota, a secretaria informou que foi “identificada a necessidade de instaurar uma auditoria para avaliar com maior profundidade os processos de dispensação. O objetivo é garantir a correta organização, o controle e a transparência em todas as etapas, de modo a assegurar que esses insumos cheguem de forma adequada às pessoas que realmente deles necessitam”.
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A Sesau ressaltou que a auditoria tem caráter preventivo e corretivo, mas não informou quando começou nem o prazo para ser concluída.
A Apae também se manifestou por meio de nota, destacando que auditorias fazem parte da rotina de acompanhamento e transparência dos serviços prestados. A entidade confirmou que recebeu reclamações sobre atraso na entrega de cadeiras de rodas motorizadas e próteses ortopédicas. Um leitor relatou o problema na última segunda-feira (15), situação reconhecida pela associação.
Segundo a Apae, os atrasos têm causas variadas, como aumento da demanda e dificuldades de fluxo de caixa, e não têm relação com o ex-coordenador Paulo Henrique Muleta. A entidade afirmou ainda que investiu R$ 2,6 milhões de recursos próprios para a compra de 2.185 cadeiras de rodas entregues em 2024, mas alegou que os valores não foram pagos pelos convênios.
"Os serviços da Apae de Campo Grande contam com financiamento tripartite, envolvendo União, Estado e Município", informou a direção, que afirmou ainda que mantém diálogo com a prefeitura para buscar o alinhamento e a regularização financeira.
“ A Apae/CG tem adotado medidas para preservar sua sustentabilidade financeira, mas a conjuntura atual exige readequação urgente dos repasses por parte das esferas de saúde federal, estadual e municipal”, informou a nota.
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