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Capital

Segundo corpo encontrado em cemitério clandestino tinha marca de tiro na cabeça

Segunda vítima foi desovada a menos tempo no local e não há como saber o sexo

Clayton Neves e Ana Paula Chuva | 14/07/2021 15:49


Após análise mais detalhada, a Polícia Civil identificou que o segundo corpo encontrado em terreno no Bairro Santo Eugênio, em Campo Grande, ainda está em estado de decomposição e evidencia que a vítima foi desovada no local recentemente, ao contrário da ossada achada na semana passada.  Segundo o delegado Carlos Delano, responsável pelo caso, a vítima tinha marca de tiro na cabeça e um projétil de arma de fogo foi encontrado no local e passará por perícia.

Agentes funerários retirando restos mortais do local. (Foto: Kísie Ainoã)
Agentes funerários retirando restos mortais do local. (Foto: Kísie Ainoã)

Por conta do estado em que o corpo está, não é possível identificar se trata-se de um homem ou de alguém do sexo feminino. A segunda vítima estava a cerca de 30 metros do local onde a ossada foi localizada e em uma vala mais profunda. Uma retroescavadeira ajudou a polícia nas escavações e o local preciso foi apontado por "detector de cadáveres".

“Ao que tudo indica é um estado de saponificação, um processo químico que faz com que o cadáver não se decomponha totalmente e os tecidos moles se convertam em um carbono diferente, parecido com o sabão”, explica o delegado. O corpo será retirado do local e passará por perícia, que deve apontar a identificação e causa da morte.

Movimentação d eperitos e policiais na área onde corpo foi descoberto. (Foto: Kísie Ainoã)
Movimentação d eperitos e policiais na área onde corpo foi descoberto. (Foto: Kísie Ainoã)

A Polícia não descarta que outras vítimas possam estar no terreno, que fica próximo ao córrego Bálsamo e é apontado como ponto de desova de facção criminosa. As buscas vão continuar no local, segundo informou o delegado do caso.

Na semana passada, restos mortais de uma pessoa foram retirados do local e levados para perícia no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). Segundo o delegado, não foi possível dizer se era um homem ou vítima do sexo feminino, mas o esqueleto humano estava quase completo. Também foram encontrados pedaços de roupas, calçado e um pedaço de borracha, que pode ter sido usado para amarrar a pessoa, possivelmente vítima de tribunal do crime, conforme as investigações.

*Matéria editada às 16h25 para acréscimo de informações

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