ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
SETEMBRO, SEXTA  20    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Sem acordo, professores anunciam que greve começa dia 2

Categoria não aceitou 4.78% oferecido pela prefeita Adriane Lopes

Jéssica Benitez e Gabrielle Tavares | 29/11/2022 16:46
Professores reunidos em assembleia geral na ACP (Foto Gabrielle Tavares/Campo Grande News)
Professores reunidos em assembleia geral na ACP (Foto Gabrielle Tavares/Campo Grande News)

Professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) entram em greve na próxima sexta-feira (2), conforme definido em assembleia geral feita na ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública) na tarde desta terça-feira (29). Eles cruzam os braços em protesto ao não cumprimento do pagamento da parcela referente a dezembro do reajuste salarial de 10.39%. Nesta manhã a prefeita Adriane Lopes (Patriota) ofereceu 4.78% e R$ 400 em auxílio alimentação à categoria.

O percentual exigido pelos oito mil professores está previsto em lei, mas a Prefeitura alega não ter condições de honrar o compromisso. A chefe do Executivo, o secretário de Educação recém-empossado Lucas Bitencourt e os pais serão oficialmente informados sobre a greve. De acordo com o presidente da ACP, Lucilio Nobre, embora o calendário escolar deva ser prejudicado, nenhum dia ficará sem reposição.

“Isso prejudica a entrega (final das notas) porque o professor tem direito a se manifestar para cobrar uma lei que não está sendo cumprida. Não é uma paralisação extemporânea, sem objetivo nenhum”, explicou.

“Os documentos garantem a reposição do ano letivo do aluno, então não há esse problema digamos assim. Ainda que (os professores) usem o tempo de recesso, os dias paralisados serão repostos”, completou. E os educadores não vão ficar parados.

Conforme definido durante a assembleia, já no dia 2, às 7h30, haverá passeata e panfletagem pelo centro da Capital com destino final a Prefeitura. No dia 5 ocorre o mesmo movimento. No dia 6 de dezembro está previsto ato na Câmara Municipal e no dia 7 ato e montagem de acampamento em frente ao Paço Municipal.

Caso neste meio tempo a prefeita faça nova proposta, com mais proximidade ao exigido pela classe, a paralisação pode acabar. “Se ela apresentar algo que a gente consiga dialogar, (a greve) vai acabar sim, até porque a greve é em função disso. Tem que ser algo que dialogue com os 10,39%”, analisou Lucilio.

Vale ressaltar que os Emeis (Escolas Municipais de Educação Integral), por ser serviço essencial, devem ter funcionamento mínimo. Já sobre as eleições para diretores, o presidente da ACP disse que o assunto não será debatido, pois não é este o foco.

Nos siga no Google Notícias