Sem contrato, Capital está há oito meses sem monitorar índice de chuva e rios
Convênio com a UFMS deve assumir a manutenção de 54 equipamentos e a organização dos dados

A Prefeitura de Campo Grande está há oito meses sem contrato para manter os pluviômetros e sensores de medição dos níveis dos rios da Capital. Mesmo com 54 equipamentos instalados desde 2014, nenhum serviço de coleta, manutenção e tratamento dos dados é executado desde o fim do último contrato, encerrado em abril, conforme a administração municipal.
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A Prefeitura de Campo Grande está sem contrato para manutenção dos pluviômetros e sensores de medição dos níveis dos rios há oito meses. Os 54 equipamentos instalados desde 2014 estão sem serviço de coleta, manutenção e tratamento de dados desde abril, quando o último contrato foi encerrado. Uma nova parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul está em fase final de análise. O acordo será executado pelo laboratório HEroS, que ficará responsável pela coleta e tratamento dos dados, além da manutenção dos equipamentos. A previsão é que o convênio seja assinado em dezembro, com início das atividades em janeiro.
A formalização de uma nova parceria, desta vez com a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), só agora entrou na última etapa de análise. No entanto, a prefeitura não informou o motivo da demora.
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Em nota, a Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos) informou que a cooperação com a UFMS para implementação do sistema de transmissão dos dados hidrológicos está “em fase final”. O órgão diz que os estudos técnicos foram concluídos pela Agereg e pela Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), e que o processo agora depende da análise interna da universidade para ser concluído. A estimativa é de que a implantação seja iniciada “em breve”.
O novo acordo será executado pelo laboratório HEroS (Hidrologia, Erosão e Sedimentos), da UFMS, sob coordenação do professor Paulo Tarso Sanches. Ele explica que o convênio será firmado como um projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI), em que a prefeitura repassa recursos à Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão), responsável pelos pagamentos e compras de materiais.
Os equipamentos precisam de manejo e manutenção, sendo necessária a limpeza desses aparelhos, a coleta e o tratamento desses dados para que isso possa ser usado pela prefeitura para monitoramento hidrológico da cidade, podendo usar as informações para entender e prever eventos extremos.
A parceria prevê que o laboratório será responsável por coletar, tratar e organizar os dados, além de fazer a manutenção dos equipamentos instalados na cidade.
“A gente vai fazer as coletas desses dados, a manutenção dos equipamentos, instalar equipamentos novos quando necessário, montar o banco de dados e estar disponibilizando isso para a prefeitura”, explicou Sanches.
Além da fase inicial, a prefeitura e a universidade discutem um segundo acordo, voltado ao desenvolvimento de modelos hidrológicos e hidráulicos com uso de inteligência artificial, para apoiar o planejamento urbano e sistemas de alerta.
“A gente tem conversado uma modelagem para toda a cidade, usando inteligência artificial, modelagem conceitual, hidrológica, hidráulica, para a gente ter todas as bacias da cidade modeladas, visando então o melhor planejamento de uso e cobertura do solo, melhor planejamento de expansão urbana, por exemplo, e também para as áreas já consolidadas, a gente está usando isso para um sistema de alerta de áreas de inundação”, completou.
O professor afirma que a expectativa é de que o convênio sobre os pluviômetros seja assinado ainda em dezembro, com início das atividades em janeiro. Ele também destacou que a relação entre prefeitura e universidade já existe há anos, com servidores municipais participando de pesquisas e pós-graduação na UFMS.
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