Furto de grades deixa córrego sem proteção e ameaça segurança na Ernesto Geisel

O furto sistemático das barras de ferro que compunham o guarda-corpo do Rio Ananhandui, na Avenida Presidente Ernesto Geisel, em Campo Grande, transformou a travessia em um trajeto de risco para quem circula em veículo e também a pé, especialmente no trecho onde há obra em andamento.

Moradores relatam que as estruturas começaram a desaparecer há cerca de dois anos e, desde então, não houve reposição duradoura: sempre que a prefeitura reinstala o material, ele volta a ser furtado pouco tempo depois, dizem os vizinhos do local.

José Pereira, de 69 anos, mora na região e conta que nunca nem chegou a ver as grades instaladas. “Desde que comecei a andar aqui, já estava sem. Faz mais de um ano que sumiu e ninguém colocou de volta. Fica perigoso; se a gente anda muito na beirada, cai lá dentro”, relata o aposentado, que hoje trabalha como ambulante.

A costureira Aparecida Freitas, de 60 anos, diz que não só viu a estrutura, como afirma já ter presenciado os furtos. “É complicado. Às vezes a gente vê e não adianta falar; tudo o que tiver, eles levam. A única esperança é Deus mesmo, um milagre”, comenta.

Segundo o empresário Rafael Henrique, de 40 anos, a prefeitura chegou a reinstalar parte das barras no início deste ano, mas a medida durou pouco.

“Colocaram e logo roubaram de novo. Aqui virou ponto de queima de fios de cobre e descarte de entulho. A polícia passa, mas não resolve”, relata. Além da insegurança, ele denuncia o abandono do local, que também sofre com acúmulo de lixo, resquícios de queimadas e sujeira por toda parte.

Enquanto o guarda‑corpo não é restabelecido de forma eficaz, pedestres seguem vulneráveis tanto à queda no rio quanto ao trânsito desorganizado da via. “A gente evita passar a pé; só de carro mesmo, porque está perigoso demais”, resume Rafael.

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