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Capital

Sesau admite falta de servidores e repudia ataque que feriu enfermeiro

Secretaria reitera que nos três primeiros meses do ano houve um aumento de pelo menos 90% na demanda das unidades de urgência em decorrência dos casos de dengue

Danielle Valentim | 13/03/2019 11:16
Enfermeiro sendo atendido. (Foto: Henrique Kawaminami)
Enfermeiro sendo atendido. (Foto: Henrique Kawaminami)

Depois que um enfermeiro se feriu com estilhaços de vidro quebrado por uma mulher de 33 anos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) se posicionou com repúdio à situação. A secretaria admite a necessidade de recomposição de RH, não só da enfermagem, mas de todas as categorias.

A mulher teve um ataque de fúria após passar quatro horas esperando para ser atendida. A situação nas unidades de saúde em Campo Grande é vista como “bomba-relógio” pelo Sinte/PMCG (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande).

Em nota, a Sesau lamentou a situação e se posicionou com repúdio a todo e qualquer ato de violência contra os servidores que atuam na rede municipal de saúde. Conforme a secretaria, nestes três primeiros meses do ano houve um aumento de pelo menos 90% na demanda das unidades de urgência em decorrência dos casos de dengue e outros agravos, o que consequentemente têm sobrecarregado o serviço.

A UPA Coronel Antonino, por exemplo, tem recebido diariamente mais de 600 pacientes e isso reflete no tempo de espera por atendimento, principalmente de casos de menor gravidade, o que gera descontentamento e até mesmo reações impulsivas e graves como a presenciada na noite desta terça-feira, dia 12, na unidade. A saúde é direito do cidadão e dever do Estado, porém diante desse cenário se faz cada vez mais necessário o discernimento e o respeito.

Falta de servidores - A Sesau reforça que está dando todo o suporte ao servidor e que os fatos que culminaram nessa situação estão sendo apurados. Quanto aos apontamentos feitos pelo sindicato, a Sesau reconhece a necessidade de recomposição de RH, não só das categorias citadas, porém reitera que todas as medidas estão sendo tomadas para a melhoria do serviço.

Nos dois últimos anos houve um fortalecimento histórico na Atenção Primária, onde a área de cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF), passou de 34% para cerca de 60%. Além disso, o horário de atendimento foi estendido em 32 unidades básicas de saúde facilitando o acesso da população com objetivo de sobrecarregar a urgência.

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