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Tapa-buraco é trabalho sem fim em ruas onde serviço para pela metade

Adriano Fernandes e Julia Kaifanny | 09/11/2016 11:51
Na rua Júlio Dantas buraco ao lado de outra cratera recém tampada. (Foto: Marina Pacheco)
Na rua Júlio Dantas buraco ao lado de outra cratera recém tampada. (Foto: Marina Pacheco)

O início do trabalho de tapa-buraco em algumas das ruas de Campo Grande não é garantia de que todos sejam tampados. Pelo menos não por toda a rua, conforme situações encontradas pelo Campo Grande News.

Entre os moradores, além das críticas quanto à massa “duvidosa” que é colocada em alguns dos buracos, resta também a indignação de um serviço que por vezes começa, mas nunca termina.

Na rua Júlio Dantas, no Jardim São Bento, por exemplo, parte das crateras da via foi tampada pouco antes do fim da semana passada, segundo os moradores. No entanto, é possível notar pontos onde os buracos até receberam impermeabilizante asfáltico, mas o problema persiste, ou seja, ninguém voltou lá até agora para terminar o serviço.

“Em algumas outras pelo bairro os funcionários chegaram a limpar os buracos, passar uma primeira camada de piche, mesmo sem ter tapado. Mas por aqui, onde foi feito o trabalho os buracos foram tampados com aquelas massas que são compactadas com o pé”, comentou a produtora rural Maria Inês Garcia Bunning, de 75 anos.

Na opinião da moradora esse tipo de serviço não é mais viável para o local. “Tem endereços pela cidade em que já não adianta mais simplesmente tampar o buraco e sim recapear toda a rua”, completa.

Situação semelhante também acontece próximo dali, em trecho da rua Rodolfo José Pinho. Pela rua, segundo comerciantes o tapa-buracos passou antes do primeiro turno das eleições. Mas o serviço de recapeamento com massa quenta só foi executado nos buracos maiores, enquanto nos menores, com massa fria.

“Os agentes atuaram por pelo menos uma semana direto, mas depois o trabalho foi paralisado. Alguns buracos voltaram a abrir com a chuva e cada dia aparecem mais”, conta a vendedora Gabriella Letícia Esteves, de 20 anos.

Buracos menores recebem a massa fria de recapeamento. (Foto: Direto das Ruas)
Buracos menores recebem a massa fria de recapeamento. (Foto: Direto das Ruas)
Com serviço pela metade quem circula pelas ruas ainda tem de desviar dos buracos. (Foto: Marina Pacheco)
Com serviço pela metade quem circula pelas ruas ainda tem de desviar dos buracos. (Foto: Marina Pacheco)

Em outro ponto da cidade, na Avenida Rodoviária, no bairro Coronel Antonino, a situação dos buracos se agravou depois que a avenida, teve aumento no fluxo de veículos devido às mudanças no tráfego pelo cruzamento com a Consul Assaf Trad e que dá acesso a Avenida da Capital.

A Avenida da Capital, por sua vez, recentemente foi completamente recapeada, mas nas vias paralelas o problema com os buracos persiste e gera dor de cabeça aos motoristas. “São ruas que sofrem do mesmo problema que a Capital antes de ser recapeada, mas que não receberam nenhum tipo de melhoria significativa. Como ela passou a ser usada como principal rota do cruzamento o recapeamento que foi feito em alguns buracos, para suportar a grande quantidade de veículos, não foi suficiente e eles só aumentaram”, se queixou o comerciante Elcio Roma, de 40 anos.

O cronograma das ruas que recebem os serviços de recapeamento e cascalhamento em Campo Grande é divulgado diariamente pelo município e pode ser consultado pelo link. Quanto ao que leva a paralisação dos serviços de tapa-buracos nas ruas, sem que todos tenham sido tampados, a reportagem não obteve retorno até a conclusão da matéria.

A população pode solicitar o serviço de tapa-buraco entrendo em contato com a Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) pelos telefones (67) 3314-3675 e 3314-3676.

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