Teste com luminol poderá apontar vestígios de sangue em casa de massagista
Crime ocorreu na manhã do último sábado (21) no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande
A casa onde vivia a massagista Clarice Silvestre de Azevedo, 44 anos, assassina confessa de Marco Antônio Rosa Borges, 54 anos, passará por perícia na noite desta quinta-feira (26). A aplicação de luminol poderá indicar a presença manchas de sangue, mesmo que tenha havido limpeza.
Durante as investigações, equipes da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) encontraram na casa da autora um colchonete, que havia sido lavado, dentro do banheiro. Ele tinha manchas que pareciam ser sangue.
À polícia, Clarice contou que lavou o colchonete após o cachorro de estimação vomitar e expelir sangue nele.
Dinâmica do crime - Segundo informações do delegado Carlos Delano, titular da DEH, o crime ocorreu por volta das 8h20 do último sábado (21). Clarice contou que empurrou Marco da escada após levar dois tapas no rosto.
A discussão foi causada por ciúmes, após Marco postar foto com uma mulher na noite anterior. A massagista contou que estava tendo um relacionamento com a vítima há 9 meses, mas que ele não queria assumir o namoro.
Ao ser empurrado da escada, Marco caiu e bateu a cabeça. Atordoado devido à pancada, mas ainda consciente, ele foi esfaqueado até a morte. Depois de cometer o crime, a assassina foi para um bar.
Depois do almoço, Clarice saiu para comprar materiais para esquartejar a vítima. Ela voltou para casa com facas, luvas, sacos de lixo e água sanitária para limpar o local.
Por volta das 18h, João Victor Silvestre de Azevedo Leite, 21 anos, filho de Clarice, foi até a casa dela, no Monte Castelo, ajudar a esquartejar a vítima. Às 19h30, o corpo de Marco, dentro de três malas, foi levado para a casa de João Victor, no Jardim Tarumã.
Conforme Delano, Clarice contratou corrida de carro de aplicativo para fazer o transporte do corpo. A motorista, conhecida da assassina, disse que recebeu R$ 70 pelo serviço. A autora contou que nas malas haviam roupas para doação.
As malas ficaram na casa de João Victor até às 3h de domingo (22). Mãe e filho desovaram os restos mortais no quintal de uma casa desocupada, na mesma região.
João Victor foi levado à delegacia, confessou ter participado no crime, mas como não havia flagrante e nem mandado de prisão, foi solto. Clarice permanece presa.