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Capital

Testemunhas reforçam indícios de frieza e crueldade na morte de empresário

Alan Diógenes | 23/01/2015 18:52
Inquérito aponta que o empresário Erlon foi enterrado ainda vivo em uma fossa. (Foto: Reprodução/Facebook)
Inquérito aponta que o empresário Erlon foi enterrado ainda vivo em uma fossa. (Foto: Reprodução/Facebook)

O advogado do pai do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, morto por uma quadrilha em abril do ano passado afirmou que a 1ª audiência na quarta-feira (21), seria a única se não houvesse a ausência de duas testemunhas de acusação. A próxima audiência irá acontecer no dia 5 de fevereiro.

Conforme o advogado, Oton Nasser, a 1º audiência foi primordial para que alguns fatos, como o fato do empresário ter sido enterrado vivo, fossem esclarecidos. “Seis testemunhas, entre elas o pai e a viúva de Erlon foram ouvidos. Os acusados já haviam falado no inquérito que enterraram o Erlon ainda vivo, mas não tínhamos essa confirmação perante ao juiz. Na audiências, as testemunhas confirmaram o fato. Isso revela a crueldade e frieza dos assassinado e pode ser usado para o aumento da pena dos mesmos”, explicou.

Segundo o advogado, a delegada responsável pelo caso, Maria de Lourdes Cano, não pode comparecer à audiência como testemunhas, inclusive umas das principais, por que estava viajando. O advogado só não revelou qual era a outra testemunhas que faltou à audiência.

“Depois da audiência do dia 5, outra audiência será marcada para ouvir as testemunhas de defesa. Em seguida vem o depoimentos dos acusados, que ainda não se pronunciaram, as delegações finais dos advogados e a sentença final proferida pelo juiz. Os acusados não passarão por júri popular por se tratar de latrocínio, roubo seguido de morte”, comentou Oton.

O advogado só não quis entrar em mais detalhes por que o processo é sigiloso e ainda passa pela fase de coleta de provas.

O inquérito policial foi concluído poucas semanas após o crime e apontou a participação direta e indireta de quatro pessoas. Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, apontado como responsável pelo tiro que matou Erlon. Rafael Diogo, 24, Jefferson dos Santos Souza, 21, e uma adolescente de 17 anos, dona do imóvel em que o corpo do empresário foi encontrado dias depois do crime no bairro São Jorge da Lagoa. Às investigações apontaram também a participação de um funileiro que supostamente cobrou R$ 2 mil para pintar o carro roubado, um Golf prata, de branco, no entanto ele foi liberado.

Crime – Segundo inquérito concluído pela Defurv, Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos, marcou encontro com Erlon na rotatória da Avenida Interlagos com a Avenida Gury Marques, no Bairro Doutor Albuquerque, na saída para São Paulo. Ele queria comprar o Golf anunciado pela vítima, e a convenceu a levar o carro até a casa onde ocorreu o latrocínio, no São Jorge da Lagoa.

Na residência, Erlon se encontrou com Rafael Diogo, o Tartaruga, 24, e a adolescente de 17 anos. Ele ficou aguardando um parecer dos bandidos que queriam comprar o veículo por R$ 38 mil. Thiago entrou na casa, pegou um revólver e atirou na nuca da vítima que não teve tempo de reagir.

Ainda vivo, o empresário teve o corpo enterrado em uma fossa de 4,5 metros, no quintal do imóvel. O buraco foi coberto com terra, entulho e restos de vegetação. Dias depois, vizinhos sentiram o odor vindo da fosse descoberta e acionaram a polícia. Todos os acusados foram encontrados e presos.

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