Trecho da Ernesto Geisel é totalmente interditado após desmoronamento
Após três dias de trabalho, a Águas Guariroba esperava concluir ainda nesta quinta-feira (14) reparos na rede de esgoto que rompeu após o deslizamento de parte da margem do Rio Anhanduí, na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. Em razão do problema, o trecho da via em frente ao Parque de Preservação do Anhanduí está totalmente interditado e os motoristas fazem desvio pela Rua do Piano.
Uma equipe da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) está no local orientando os motoristas. Conforme os servidores, a ordem é liberar o tráfego após as intervenções. O problema é que o município ainda não decidiu se irá realizar reparos emergenciais para evitar que a erosão chegue ao asfalto.
O Campo Grande News entrou em contato com a assessoria de imprensa do município, que não deu retorno até a publicação desta reportagem.
Na quarta-feira, o órgão havia informado que solução definitiva somente quando o projeto de revitalização, que está emperrado desde a gestão de Nelson Trad Filho (PTB), sair do papel. As obras dependem da aprovação da Caixa Econômica Federal e não têm prazo para começar.
Descaso – Não é a primeira vez que o asfalto da Ernesto Geisel cede e o desmoronamento em frente ao parque de preservação não é o único trecho com problemas na via atualmente. A poucos metros do local, uma pequena parte da pavimentação cedeu. Placas alertando sobre o problema foram fixadas no chão.
Mais adiante, o estrago é um pouco maior e até um coqueiro plantado às margens da avenida caiu. Lixo foi jogado dentro do buraco, que está sinalizado com cavaletes.
O tapeceiro Ubaldino Simões de Lima, 56 anos, mora e trabalha na Ernesto Geisel há 18 anos e afirma que o poder público nunca cuidou da via depois que ela foi entregue. “Está de mal a pior. Eu vi essa avenida começar e estou vendo ela acabar dia após dia”, afirma.
Ele tem medo que a erosão avance a ponto de atingir o estabelecimento comercial. “Desde que foi feita, nunca houve manutenção”.
A pedagoga Cléa Lúcia Braga Larsen, 65 anos, trabalha perto do local e torce para que o problema seja resolvido logo. “Cada vez que a gente se empolga pela solução do problema, muda o prefeito, a política e o problema continua. Deixar a avenida acabar e destruir é uma vergonha”, opina.
Marcílio Severino Dias, 61 anos, acredita que falta capacidade política na cidade para que o problema seja solucionado. “Fizeram e não cuidaram”.