Três anos de medo e ameaças antecederam o ataque brutal às vizinhas no Caiobá
Homem já havia sido denunciado por importunação sexual e mantinha clima de terror no bairro
O ataque a facadas que deixou duas mulheres gravemente feridas no fim de semana, em Campo Grande, foi o desfecho de um ciclo de medo e tensão que se arrastava há três anos. Moradores da Rua da Gratidão, no bairro Portal Caiobá, contam que o autor, Leandro Acosta, de 27 anos, era um vizinho agressivo e provocador, denunciado por importunação sexual contra uma das vítimas e que, desde então, transformou a convivência em um pesadelo.
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Um homem de 27 anos foi preso após atacar duas mulheres a facadas em Campo Grande. O crime ocorreu no último sábado, no bairro Portal Caiobá, após uma das vítimas reclamar do som alto. O agressor, Leandro Acosta, já havia sido denunciado por importunação sexual contra uma das vítimas. Segundo moradores, o episódio foi o ápice de três anos de conflitos. Acosta mantinha um histórico de provocações, incluindo incêndios e arremesso de pedras contra vizinhos. As vítimas foram socorridas com ferimentos no rosto e pescoço, sendo que uma delas permanece em estado grave. O agressor foi detido pela Força Tática ao tentar fugir com um cúmplice.
O marido de uma das mulheres contou que tudo começou depois da denúncia. “Depois que ele tentou estuprá-la e uma amiga nossa, começou o inferno. Ele ligava o som alto para provocar, jogava pedras e ateava fogo. A gente vivia em medo constante”, disse Anderson Lescano, de 46 anos.
O homem relatou que o vizinho e a esposa faziam arruaça até tarde da noite. “Eles bebem e ficam fazendo bagunça a noite toda. A gente já fez boletim de ocorrência, já reclamou, mas nada mudava. Ele jogava pedras e ainda colocou fogo aqui na rua, e a fumaça vinha toda para dentro da nossa casa. Meu filho tem bronquite e passava mal com isso”, contou.
O casal chegou a registrar boletins de ocorrência e instalar câmeras de segurança. Um dos vídeos mostra o momento em que Leandro coloca fogo no terreno em frente à própria casa, no último dia 30 de outubro, apenas três dias antes do crime. “A gente só queria viver em paz, mas ele não deixava. Desde a denúncia, parecia que ele guardava raiva”, completou Anderson.
O caso - Na noite de sábado (1º), o clima de tensão virou tragédia. Segundo testemunhas, o grupo de amigos estava reunido quando uma vizinha foi pedir para que o som fosse abaixado. “Foi um susto, porque ela só foi reclamar do som e foi recebida com uma facada. Aí, logo depois, ele foi para cima da outra, sem nenhuma possibilidade de defesa”, contou uma moradora de 56 anos, que viu tudo e chamou a polícia.
As vítimas foram atingidas com golpes no rosto e no pescoço e socorridas às pressas por vizinhos. Uma delas está estável e aguarda avaliação médica para saber se precisará passar por cirurgia. A outra segue em estado grave. “Minha mulher tentou ajudar a amiga e ele foi para cima dela. Desferiu cerca de seis facadas no rosto e no pescoço. Foi tudo muito rápido\”, relatou o marido.
Após o ataque, equipes da Força Tática iniciaram buscas e encontraram Leandro escondido dentro de um Fiat Uno Mille azul, tentando fugir. No carro, os policiais apreenderam a faca usada no crime, com lâmina superior a 20 centímetros.
Leandro foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. O caso foi registrado como tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil e favorecimento pessoal e a Polícia Civil agora investiga o histórico de ameaças e provocações que antecedeu o crime.
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