Tribunal de Justiça manda réu por jogo do bicho de volta à prisão
Gaeco aponta que Mateus Aquino Júnior integra organização criminosa liderada por deputado
O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) mandou réu da Operação Successione de volta para a prisão. Deflagrada em 5 de dezembro de 2023, a ofensiva do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) mirou jogo do bicho e organização criminosa armada.
RESUMO
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Tribunal de Justiça determina retorno à prisão de réu em operação contra o jogo do bicho. Mateus Aquino Júnior, investigado na Operação Successione, teve sua prisão preventiva restabelecida. A decisão da 1ª Câmara Criminal do TJMS, tomada em agosto, atende a recurso do Ministério Público. O MPMS argumentou que a prisão era necessária para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. Aquino Júnior é investigado por integrar organização criminosa armada, roubos e contravenções penais. O Gaeco o aponta como membro do grupo liderado pelo deputado estadual Neno Razuk, atuando em crimes que sustentavam a quadrilha, incluindo o uso de arma de fogo.
A 1ª Câmara Criminal do TJ restabeleceu a prisão preventiva de Mateus Aquino Júnior. A decisão foi tomada em 21 de agosto, por unanimidade.
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No recurso, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) destacou que ele é investigado por integrar organização criminosa armada, roubos majorados e contravenções penais. Conforme a promotoria, a prisão deveria ser restabelecida para garantia da ordem pública e para assegurar aplicação da lei penal.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) aponta que Mateus integrava organização criminosa liderada pelo deputado estadual Roberto Razuk Filho (PL), o Neno Razuk, e atuava em crimes que sustentavam a quadrilha, “inclusive com o uso de arma de fogo, além de aliciar os motoqueiros 'recolhes' do grupo do jogo do bicho e promover o treinamento dos apontadores”.
Relator do caso, o desembargador Jonas Hass Silva Júnior foi favorável ao recurso do Ministério Público. “Ressalte-se que o fundamento da garantia da ordem pública está presente diante da circunstância de, em tese, se tratar de uma organização criminosa armada, que, por si só, tem o condão de abalar a ordem pública e na necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa”.
Mateus foi preso no dia da operação, 5 de dezembro de 2023, e havia conseguido liberdade em 3 de junho deste ano. A reportagem não conseguiu contato com a sua defesa.
O processo da Operação Successione está na fase de elaboração de sentença. O deputado nega envolvimento com o crime.
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