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Capital

Troca de estações traz chuva e a volta das paineiras a Campo Grande

Outono começa na próxima segunda e os primeiros dias do período climático ainda serão de chuva na Capital

Natália Olliver | 15/03/2023 18:26
Flores apareceram mais cedo este ano e alegrou quem gosta de apreciar a natureza na Avenida Ricardo Brandão (Foto: Juliano Almeida)
Flores apareceram mais cedo este ano e alegrou quem gosta de apreciar a natureza na Avenida Ricardo Brandão (Foto: Juliano Almeida)

O verão vai se despedindo com muita chuva e os primeiros dias de outono devem continuar assim, conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A nova estação começa na próxima segunda-feira (20) e termina no dia 21 de junho. E quem gosta de apreciar a florada das paineiras já pode aproveitar a paisagem em lugares de Campo Grande.

De acordo com o Inmet, o ano começou mais chuvoso que o anterior, o que pode ter levado à chegada um pouco antecipada das paineiras. As árvores de flores rosadas encantam quem passa por alguns pontos da cidade, principalmente a Ricardo Brandão à beira do Córrego Prosa. A espécie é constantemente confundida com ipês.

O meteorologista do Inmet, Olívio Bahia, pontuou que quem já não aguenta mais as chuvaradas de verão pode manter as expectativas baixas e explicou à reportagem que, mesmo que o mês de março ainda esteja na metade, o verão este ano foi mais chuvoso que o mesmo período do ano passado. Porém, o profissional classificou as precipitações registradas como dentro do padrão "normal de variabilidade climática".

“O verão astronômico tem uma data e hora pra acabar, mas a meteorologia tem uma defasagem, tem um período, ele não acaba junto. Tem ano que chove pouco, tem ano que chove mais, está dentro da normalidade. Nos próximos dias o tempo será quente, abafado e com pancadas de chuvas", complementou.

Outono começa na próxima segunda-feira, mas paineiras já estão presentes na Avenida Ricardo Brandão (Foto: Juliano Almeida)
Outono começa na próxima segunda-feira, mas paineiras já estão presentes na Avenida Ricardo Brandão (Foto: Juliano Almeida)

Flores - Quem transita na Ricardo Brandão não consegue passar pela avenida sem tirar uma foto das árvores cheias de paineiras. Bianca Ferraz Bellodi, de 33 anos, mora há 5 anos em Campo Grande e diz que cansou de ver ensaios feitos no local. “Ficam bem bonitos, na frente do meu prédio várias pessoas vem tirar foto, já vi até ensaio aí. Moro bem de frente”, disse.

 Bianca acha que floreio das paineiras estar antecipado é melhor pra quem gosta de contemplação (Foto: Paulo Francis)
 Bianca acha que floreio das paineiras estar antecipado é melhor pra quem gosta de contemplação (Foto: Paulo Francis)

Edina dos Santos, de 44 anos, comentou ao Campo Grande News que acha o período lindo. “Dá um destaque no meio do verde”. A colega Joseli Pontoniere também concorda. “Acho maravilhoso, sempre a gente para pra apreciar. Acho bonito. Esse ano apareceu mais cedo. Não era época, mas eu gostei. Vim tirar foto”.

Edina dos Santos gosta de ir até à Avenida Ricardo Brandão para tirar foto das flores (Foto: Paulo Francis)
Edina dos Santos gosta de ir até à Avenida Ricardo Brandão para tirar foto das flores (Foto: Paulo Francis)

Paineiras - A espécie presente nos bairros e às margens do Córrego Prosa floresce de março a abril, mas em anos de clima muito seco, a floração se estende por mais tempo. Apesar de confundida com ipês, a paineira apresenta características diferentes, como por exemplo, as flores que dão o “ar da graça" em abril têm espinhos no tronco e porte maior. As paineiras são muito usadas na recuperação de áreas degradadas, por terem desenvolvimento rápido.

Flores formam lençol rosa na terra durante outono em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)
Flores formam lençol rosa na terra durante outono em Campo Grande (Foto: Juliano Almeida)

Chuvas - De janeiro até esta quarta-feira (15), choveu 705 milímetros de chuva em Campo Grande. Fevereiro foi o mês com maior volume dos últimos dois anos. Ao todo, foram 242,2 milímetros de precipitação. Em 2021, no mesmo mês, a Capital registrou 73,2 milímetros. No acumulado do ano Campo Grande teve 399,2 milímetros. Em 2021 os números geral de janeiro a março ficou em 564,8, o mês de fevereiro teve 116,2 milímetros de precipitação. Até o dia 15, choveu 134,2 milímetros na Capital.

“Tem anos que existem sistemas que atuam mais e então chove mais. Tem que ver o histórico completo, se tinha El Niño ou El Ninã, se passou frente fria ou não”, disse o meteorologista Olívio Bahia.

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