Usuários reprovam possível aumento da tarifa de ônibus para R$ 2,94
A população campo-grandense não reagiu bem ao saber da possibilidade da tarifa do transporte coletivo aumentar para R$ 2,94. A proposta foi discutida na quarta-feira (29) pela Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) e pelo Fórum dos Usuários do Transporte Coletivo.
Conforme o estudante Emílio Miguel, 20 anos, que utiliza quatro ônibus por dia para trabalhar e para ir à faculdade, o valor não está de acordo com a qualidade do serviço prestado. “Os ônibus sempre estão lotados, sem falar no atraso. Dá para contar nos dedos quantos vezes eu chego no horário em meus compromissos”, comentou.
O vigia José Ramão, 48 anos argumentou que o valor salário mínimo subiu poucas vezes, em compensação, a tarifa de ônibus teve vários reajustes até o momento. “Se sobe a passagem, tem que subir o salário também, aí sim eu concordaria. É por isso que tem muita gente trocando o transporte público por carro ou moto”, mencionou.
Já a empregada doméstica Rosilene da Silva, 38 anos, acredita que a tarifa de ônibus já está cara com o preço a R$ 2,70. “Eu já acho caro agora, imagina quando aumentar. Esse povo só quer é dificultar a vida do trabalhador”, ressaltou.
A diarista Maria Auxiliadora Campos, 52 anos, também compartilhou da mesma opinião. “Se o ônibus for para R$ 2,94 aí que a gente vai estar ferrada. Me diga como as pessoas irão trabalhar. É sempre os usuários que são prejudicados”, finalizou.
Durante a reunião entre Agereg e Fórum dos Usuários foi discutido valores e questionado a revisão, mas só cabe ao prefeito Gilmar Olarte (PP) a medida de aceitar o valor do estudo ou pedir outro estudo tarifário. Segundo diretor-presidente da Agereg, Rudel Espíndola Trindade Junior, não há prazo para fechar o valor da tarifa, porém o contrato com o Consórcio Guaicurus, que venceu licitação para explorar o serviço, prevê revisão tarifária no mês de outubro.