“Vi o clarão e apaguei, mas sabia que era ele”, diz mulher atropelada pelo ex
Vítima de tentativa de feminicídio, diarista de 35 anos ficou imobilizada e sem previsão de voltar a andar
“Não me lembro de nada. Só vi um clarão e depois apaguei, mas eu sabia que era ele.” A lembrança é da diarista, de 35 anos, que sobreviveu a uma tentativa de feminicídio no último sábado (30), na Rua Arcângelo Coreli, Vila Nossa Senhora das Graças, em Campo Grande. Atropelada de propósito pelo ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento, ela agora enfrenta a dor de meses de imobilidade e a incerteza sobre quando voltará a andar.
RESUMO
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Uma diarista de 35 anos foi vítima de tentativa de feminicídio em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no dia 30 de julho. O agressor, seu ex-companheiro, a atropelou intencionalmente após o término do relacionamento. A vítima sofreu graves ferimentos, incluindo fraturas na bacia e quadril, cortes no rosto e lesões no pulso e joelho, resultando em imobilidade por pelo menos seis meses. O crime ocorreu na frente da residência da vítima. O agressor tentou fugir, mas foi preso pela Polícia Militar. A vítima passou por cirurgias e recebeu alta hospitalar no dia 5 de agosto, mas necessita de auxílio para custear o tratamento e garantir o sustento dos três filhos. Abalada, ela expressa medo e insegurança, temendo as consequências da violência sofrida e a incerteza sobre sua recuperação. Quem quiser ajudar pode entrar em contato pelo Pix (67) 9178-0905.
O ataque aconteceu por volta das 23h. A mãe da vítima, de 72 anos, contou à polícia que ouviu um barulho alto e, ao sair, encontrou a filha caída em frente ao portão. O filho da vítima foi quem reconheceu: “Vó, é a mãe”. Imagens registradas naquela noite mostram o carro colidido contra o muro da residência. O autor ainda tentou fugir, mas o veículo não funcionou e ele acabou preso pela Polícia Militar em um terreno baldio próximo.
O impacto deixou sequelas graves. A vítima sofreu cortes no rosto, passou por cirurgias no pulso e no joelho, recebeu pontos em várias partes do corpo e descobriu fraturas na bacia e no quadril. “Eu não ando, eu não sento, fiquei imóvel. No momento, nem a cadeira de rodas eu posso usar, só na cama mesmo, por pelo menos 6 meses”, conta.
Ontem (5), ela recebeu alta da Santa Casa, mas só conseguiu deixar o hospital com uma ambulância particular. Agora, está em casa, imóvel. “Não vou me recuperar 100%. Só em novembro vamos ver as lesões que vão ficar”, explica.
O trauma também vai além das dores físicas. “Enquanto ele estiver preso, eu estou protegida. Eu estava na esquina da minha casa. Parece que nada vai ser como antes. A gente fica com ressentimento”, desabafa, ainda emocionada.
Antes do crime, a diarista trabalhava em casas de família e sustentava os três filhos, de 16, 10 e 7 anos. Sem previsão de voltar ao serviço, pede ajuda para enfrentar os próximos meses de tratamento e sobrevivência. Quem quiser ajudar a mulher pode entrar em contato ou enviar qualquer valor via Pix dos familiares, por meio da chave (67) 9178-0905.
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