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Capital

Vítima de cárcere e estupro é resgatada após pedido de socorro por e-mail

Mulher era submetida a agressões físicas e sexuais pelo companheiro, além de ficar trancada

Por Lucas Mamédio | 16/12/2024 17:56
Recepção da Deam, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Recepção da Deam, em Campo Grande (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Uma mulher conseguiu ser resgatada de uma situação de violência doméstica em Campo Grande após enviar um e-mail para Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. O caso teve início quando a mulher entrou em contato com a Defensoria por meio da plataforma online da instituição.

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Uma mulher em Campo Grande, MS, foi resgatada de uma situação de violência doméstica após enviar um e-mail para a Defensoria Pública, relatando agressões físicas e sexuais e cárcere privado. A Defensoria, em conjunto com a Patrulha Maria da Penha e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, agiu rapidamente, confirmando a denúncia e encaminhando a vítima para atendimento. Apesar de a mulher ter recusado medidas protetivas e abrigo, o acompanhamento psicossocial foi garantido, demonstrando a eficácia da integração entre órgãos de proteção à mulher em situações de violência.

A defensora pública Camila Maués dos Santos Flausino, titular da 4ª Defensoria de Defesa da Mulher de Campo Grande, detalhou que o primeiro contato da vítima foi feito através de um e-mail enviado com poucas informações.

“Com poucas informações, apenas um e-mail e um endereço, ela relatou que estava submetida a agressões físicas e sexuais por parte de seu companheiro, além de estar em condições de cárcere privado. A mulher também revelou que o agressor já havia tentado matá-la em outras ocasiões”, detalhou a defensora.

A assistente social do Nudem (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres) foi acionada imediatamente para prestar suporte. Com base nas informações enviadas, a defensora emitiu um ofício requisitório à Patrulha Maria da Penha, solicitando a verificação urgente da situação.

No mesmo dia, uma guarnição da Patrulha Maria da Penha se deslocou até o endereço indicado pela mulher e confirmou o cenário de violência. A vítima foi encaminhada à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) junto com o agressor para que as medidas legais necessárias fossem adotadas.

Apesar do apoio recebido, a mulher decidiu não solicitar medidas protetivas de urgência nem aceitar o abrigamento na Casa da Mulher Brasileira, um dos serviços de apoio à mulher em situação de violência. Mesmo assim, devido ao elevado risco de feminicídio, a defensora pública solicitou à coordenadora do Nudem, Zeliana Luzia Delarissa Sabala, a continuidade do acompanhamento psicossocial da vítima

Camila Maués ressaltou a importância do trabalho integrado entre as diversas instituições de proteção, como a Patrulha Maria da Penha, a Casa da Mulher Brasileira e a Rede de Proteção de Campo Grande. Para a defensora, a integração e o trabalho em rede foram essenciais para que a vítima fosse protegida de maneira rápida e eficaz.

“Este caso demonstra a eficácia do poder requisitório da Defensoria Pública, um instrumento previsto pela Lei Complementar n. 80/1994, que permite ações rápidas e decisivas para a proteção de mulheres em risco. A colaboração entre os diferentes órgãos de proteção foi crucial para garantir que a vítima tivesse uma resposta eficiente”, afirmou a defensora pública.

Canais de denúncia da Defensoria - Para obter informações sobre endereços, telefones, horários de atendimento, documentação necessária para a propositura de ações judiciais ou acompanhar o andamento de processos, basta ligar para 129 ou enviar um e-mail para crc@defensoria.ms.def.br. A Central atende de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30.

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