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Capital

Vizinho de professor assassinado relata gritos e pedido de socorro na madrugada

Irmã de Roberto Figueiredo pediu ajuda; rapaz se lembrou de movimentação há alguns dias que achou estranha

Por Antonio Bispo e Bruna Marques | 13/12/2024 08:57
Policiais na casa onde a vítima foi encontrada morta, na madrugada desta sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)
Policiais na casa onde a vítima foi encontrada morta, na madrugada desta sexta-feira (Foto: Henrique Kawaminami)

O gerente administrativo de 30 anos, vizinho do professor de História, Roberto Figueiredo, acordou durante a madrugada de hoje (13) com os gritos de socorro. Assustado, encontrou Carla Figueiredo, irmã de Beto, pedindo socorro.

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Um homem chamado Roberto Figueiredo foi encontrado assassinado em sua casa em Campo Grande, com sinais de roubo, incluindo a subtração de seu carro, televisão e celular. Vizinhos relataram ter visto um homem no telhado da casa dias antes do crime, o que levantou suspeitas. A polícia acredita que o assassinato pode ter ocorrido após um encontro social que evoluiu para um latrocínio. O corpo da vítima apresentava ferimentos graves, e o celular foi possivelmente levado para dificultar a identificação de contatos. O carro da vítima foi visto pela última vez na Avenida Guaicurus, e até o momento, nenhum suspeito foi localizado.

“Eu saí e ela já estava no portão pedindo ajuda e tentando entender o que aconteceu. Ela falou que ia fazer uma viagem agora às 6h com ele, mas como não apareceu e no WhatsApp a última visualização foi 22/23h, veio para ver se estava tudo bem e entrou, porque tinha o controle do portão”, contou o rapaz, que preferiu não ter o nome divulgado.

O pedido de ajuda aconteceu às 4h42, segundo o vizinho. A Polícia Militar foi acionada e isolou o local até a chegada de equipes da Polícia Civil e perícia.

Até então, a rua residencial era tranquila, com pouco movimento de pedestres, daquelas que se acalma depois das 18h. Por isso, o vizinho de Beto Figueiredo se lembrou de movimentação ocorrida na quarta-feira (11), por volta das 21h.

Segundo ele, um homem estava no telhado da casa do professor, realizando algum tipo de reparo. “Achei estranho”, disse. “Era um rapaz que estava ali, aparentemente arrumando o telhado ou o ar-condicionado que estava próximo, não é normal”.

O rapaz contou, ainda, que a última movimentação notada na residência, por ele, foi de uma confraternização realizada no imóvel, com os alunos do professor, no sábado retrasado. Nesta madrugada, o gerente contou que estava acordado quando começou a ouvir os gritos da irmã, pedindo socorro.

Equipes da Polícia Civil e Perícia durante trabalho na residência onde o latrocínio aconteceu (Foto: Henrique Kawaminami)
Equipes da Polícia Civil e Perícia durante trabalho na residência onde o latrocínio aconteceu (Foto: Henrique Kawaminami)

O crime - De acordo com a delegada Thainá Borges, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, acredita-se, a princípio, que a vítima tenha tido um encontro com amigo ou talvez amoroso, o que evoluiu para latrocínio, roubo seguido de morte.

"Ele está bastante machucado; acreditamos que a causa da morte foi por faca", disse a delegada. Na residência também estão vários familiares e amigos da vítima, que acompanham o caso. A delegada acredita que o celular da vítima foi levado para dificultar a identificação de quem conversou com a vítima.

O carro levado pelo criminoso, um Jeep Renegade, foi visto pela última vez na Avenida Guaicurus, no início da manhã de hoje. Até o momento, ninguém foi identificado ou localizado.

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