Vizinhos de parede, prédios públicos vão de “ferida aberta” a cuidados no Centro
Antigo Labcen é retrato do abandono na Calógeras, enquanto Casa do Artesão exibe revitalização
RESUMO
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Em Campo Grande, dois prédios públicos vizinhos na Avenida Calógeras apresentam realidades contrastantes. Enquanto o antigo Laboratório Central Municipal (Labcen) permanece abandonado, a Casa do Artesão, construída em 1918, passou por revitalização e mantém sua importância histórica e cultural. O Labcen, com 999 metros quadrados, foi transferido para a Vila Rica após ultimato judicial devido às condições precárias. A Casa do Artesão, primeira sede do Banco do Brasil, sofreu prejuízos de R$ 40 mil com furto de fiação, mas hoje conta com sistema de segurança e preserva sua estrutura centenária.
Na Avenida Calógeras, a poucos metros da esquina com a Avenida Afonso Pena, no Centro de Campo Grande, dois prédios públicos, vizinhos de parede, vivem situação bem diferente.
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O antigo Labcen (Laboratório Central Municipal) é o retrato do abandono, como uma “ferida aberta”. Defronte a quatro lojas fechadas e com placas de "aluga-se", ele se soma à crônica falta de solução para os imóveis da região central.
Ao lado, surge a Casa do Artesão, prédio histórico e que passou por revitalização. Cheio de história e arte, o local permite caminhar num piso que está lá desde 1918, há mais de 100 anos.
O vizinho preservado já foi vítima do abandono da estrutura do antigo laboratório. Depois de furto de fiação na Casa do Artesão, com prejuízo de R$ 40 mil, as portas do antigo Labcen foram emparedadas, com instalação de tapumes metálicos no pavimento superior.
Confira a galeria de imagens:
“Depois do furto, fecharam. Agora nós temos câmeras e material de segurança. Levaram toda a fiação de cobre. Aqui, há dois anos e meio, o prédio foi todo revitalizado. É patrimônio histórico, referência cultura de Campo Grande e um ponto ótimo”, afirma a coordenadora da Casa do Artesão, Eliane Torres.
O imóvel foi construído entre 1918 e 1923, sob as ordens de Francisco Cetraro e Pasquale Cândida, com projeto do engenheiro Camilo Boni. O local foi a primeira sede do Banco do Brasil. A inauguração do espaço como Casa do Artesão aconteceu em 1º de setembro de 1975.
Caindo aos pedaços - Já o vizinho Labcen tem uma história de menos glórias, invariavelmente acompanhado do termo “caindo aos pedaços”, mesmo quando estava na ativa e tinha capacidade para fazer 270 mil testes por mês. O prédio tem 999 m² (metros quadrados).
Diante da situação precária, a Justiça deu um ultimato: ou a prefeitura reformava o local ou mudava de endereço. O laboratório foi transferido para a Vila Rica.
Esquecido na avenida, o imóvel ainda recebe algumas iniciativas de particulares para melhorar o visual. Caso da pintura na fachada, custeada por comerciante do entorno. O objetivo foi cobrir as pichações e dar um ar menos abandonado para a edificação.
Os vizinhos também tiveram que se mobilizar para a remoção de um tapume metálico que ameaçava despencar na cabeça dos pedestres.
Há três anos, em 2022, a Prefeitura de Campo Grande informou à reportagem que estava na fase final do processo de devolução do antigo Labcen para o governo do Estado. A reportagem questionou as duas administrações – municipal e estadual - sobre o imóvel. O Campo Grande News aguarda reposta.
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