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Capital

Zeolla é considerado culpado pela morte do sobrinho e pena é de 8 anos

Marta Ferreira e Nadyenka Castro | 21/06/2011 16:12

Dois anos e três meses após matar, com um tiro nas costas, o sobrinho Cláudio Alexander Zeolla, de 23 anos, o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, de 46 anos, foi condenado hoje pelo crime a 8 anos de prisão. Como já cumpriu parte da pena, ele vai cumprir o restante da pena no regime semi-aberto.

Zeolla foi considerado culpado por homicídio qualificado pelo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

O procurador também recebeu pena de seis meses em regime aberto por ter entregue a direção de seu carro a pessoa não habilitada, um menor de idade que dirigiu o veículo em que Zeolla foi até o local do crime.

Os sete jurados, quatro homens e três mulheres, não aceitaram a tese da defesa de que o procurador é ininputável, por ser doente mental. Também refutaram o argumento de que agiu sobre coação moral, em razão da agressão que a vítima cometeu contra o avô, pai de Zeolla.

Eles consideraram, apenas, que Zeolla estava movido por forte emoção, pelo mesmo motivo, e que a vítima colaborou para o crime.

A pena original para ele foi de 12,6 anos pelo homicídio e 6 meses pelo crime trânsito. A primeira punição foi reduzida em um terço em razão de o crime ter sido cometido sob forte emoção.

Também houve redução de seis meses na pena por causa da confissão do procurador. Pelo mesmo motivo, a pena para o crime de trânsito foi reduzida. Zeolla sai do TJ de volta para a clínica.

O júri começou às 8h de hoje e teve 8 testemunhas no plenário, cinco de acusação e de três de defesa.

Zeolla foi a júri nesta tarde e foi considerado culpado por homicídio qualificado. (Foto: Marcelo Victor)
Zeolla foi a júri nesta tarde e foi considerado culpado por homicídio qualificado. (Foto: Marcelo Victor)

O procurador falou por meia hora e se disse “profundamente arrependido”. Contou que engordou 40 quilos desde o crime, mesmo tendo feito, em 2009, uma cirurgia de redução de estômago, e que neste intervalo, converteu-se à Igreja Universal do Reino de Deus.

Zeolla atuou 20 anos no MPE (Ministério Público Estadual), órgão responsável pela acusação de criminosos. Passou em primeiro lugar no concurso que fez, em 1990, foi promovido a procurador e após o crime foi aposentado pelo órgão.

Antes disso, devido a problemas psiquiátricos, havia apresentado mais de 45 licenças médicas, mas continuava atuando.

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