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Cidades

CFMV é contra tratamento da leishmaniose e diz que pode punir veterinários

Nyelder Rodrigues | 18/01/2013 21:58

Após a decisão judicial que declarou nula a determinação dos ministérios da Saúde e do Agricultura, de proibir o tratamento da leishmaniose em cães, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) se posicionou contra a decisão, como já assinalava anteriormente.

O CFMV também confirma que pode punir os médicos veterinários que determinem tratamento para os animais infectados, e orienta que estes profissionais devem ser denunciados ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) do respectivo estado.

As denúncias devem ser apuradas e, se confirmadas, os médicos veterinários devem responder a Processo Ético Profissional e ainda à representação junto aos ministérios públicos estadual e federal.

As penas podem ir desde advertência confidencial, em aviso reservado, e censura confidencial, em aviso reservado, até censura pública, em publicação oficial, e suspensão do exercício profissional até três meses. Outra hipótese é a de cassação do exercício profissional.

De acordo com o conselho, o tratamento da leishmaniose visceral em animais oferece risco á saúde da população, já que o tratamento não promove cura parasitológica da doença, e o animal segue sendo hospedeiro e fonte de contaminação através do mosquito transmissor.

Ainda conforme o CFMV, a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que somente a adoção de medidas integradas, como o uso de inseticidas e a eutanásia dos cães contaminados podem garantir a segurança da população, até que a cura seja cientificamente comprovada.

Os dados apresentados são de que nos últimos 11 anos, em nove estados, a leishmaniose foi a causadora de mais mortes que a dengue. Antes limitada às áreas rurais e região Nordeste, ela acabou se espalhando pelo país. Entre 2000 e 2011, 2.609 pessoas morreram por causa da desta doença.

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