Com "pacote de bondades" de André, 32 mil servidores têm reajuste extra
Com o "pacote de bondades" do governador André Puccinelli (PMDB), aprovado no ano passado, cerca de 30 mil servidores estaduais de três categorias terão reajuste “extra” a partir deste mês. O percentual pode chegar a 25% no início de 2015. Os primeiros beneficiados são os policiais militares, que terão os salários corrigidos em 18% em dezembro, e os administrativos da educação, aumento de 11%.
As duas categorias já tiveram reajuste em maio deste ano, data base do funcionalismo público estadual. Os cerca de 6 mil policiais militares vão contabilizar aumento nos salários de 43% em 17 meses, segundo estimativa do presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM e Bombeiros, Edmar Soares da Silva.
O menor salário na PM, pago ao soldado no início da carreira, passará a ser de R$ 3.055,49. O maior vencimento inicial será pago a um coronel, no valor de R$ 25.162,21 a partir deste mês. O reajuste está previsto na Lei Estadual 4.351, de 27 de maio de 2013.
Os militares não prometem dar trégua ao novo governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Segundo Soares, eles vão reivindicar novo reajuste em maio e a meta é reduzir a disparidade entre os maiores e os menores salários.
Outra categoria com reajuste de 11% a partir deste mês são os 6,6 mil servidores administrativos da Secretaria Estadual de Educação. De acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS), Roberto Magno Botareli, a categoria já teve correção de 7% em maio.
Os administrativos ainda terão elevado em 100% o valor de uma gratificação, a paga aos capacitados pelo Pró-Funcionário. Cerca de 2,4 mil servidores têm o curso e vão passar a receber um adicional de 10%, o dobro do percentual pago atualmente de 5%.
E por último, os 20 mil professores da rede estadual terão os salários corrigidos em janeiro, conforme a Lei Estadual 4.464, de dezembro de 2013. No entanto, o percentual da correção ainda depende do novo piso nacional do magistério, que deverá ser anunciado neste mês pelo Ministério da Educação.
Botareli explicou que a entidade prevê que a correção dos vencimentos deverá oscilar entre 15% e 25%. Pelo acordo firmado com Puccinelli, o salário do docente sul-mato-grossense passará a equivaler ao piso nacional para jornada de 20 horas.
Atualmente, o valor é de R$ 1.182,07. A expectativa é que o reajuste de janeiro reponha um quarto da diferença, o que hoje, sem considerar a correção no piso nacional, seria de 10%.