De janeiro a maio, número de feminicídios em MS aumentou 44%
De janeiro até agora, 14 mulheres foram vítimas de feminicídio - quando a morte de uma mulher ocorre por questão de gênero
A dona de casa Rosângela da Silva Coelho, 40 anos, foi morta pelo marido Rufino Rocha, 43 anos, na frente da filha e da neta de 9 anos. O crime aconteceu por volta das 20h de ontem (1º) na casa onde a vítima vivia com a família, na Travessa Antônia Jercem, no Bairro Nova Esperaça, em Rio Brilhante, distante 163 quilômetros de Campo Grande.
De janeiro até agora, pelo menos 14 mulheres foram vítimas de feminicídio - quando a morte de uma mulher ocorre por questão de gênero. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 9 assassinatos, houve aumento de 44%, de acordo com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).
Conforme boletim de ocorrência, Jéssica da Silva Rocha, 25 anos, contou que estava com os pais em uma confraternização e ao retornarem para a casa, os pais começaram a discutir e na sequência sua mãe foi atingida a golpe de faca nas costas. Ela e a filha de 9 anos presenciaram o crime. A vítima chegou a ser socorrida ao hospital da cidade, mas não resistiu. Rufino tentou fugir e acabou preso próximo à Estação Rodoviária do município.
À polícia, ele contou que atingiu a esposa acidentalmente. Na versão do autor, Rosângela se armou com duas facas e foi para cima dele. Ele, então, também se armou. Com medo da situação, a esposa saiu correndo e caiu. Em seguida, ele também caiu sobre a mulher com a faca a ferindo nas costas.
Caso - O caso mais recente foi registrado na semana passada, em Sidrolândia, distante 71 quilômetros de Campo Grande. Após matar a mulher Edmarcia Citia da Silva, 33 anos, a golpes de faca, Eder Clemente de Souza, 36 anos, ainda com as roupas sujas de sangue se entregou à polícia. O fato foi na quinta-feira (dia 26) no condomínio onde o casal vivia, na Rua Doutor Costa Marques, no Bairro São Bento.