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Cidades

Fim de semana teve 12 mortes, em ano com 5% mais assassinatos que 2015

Luana Rodrigues | 07/11/2016 15:13
Local onde dois jovens foram mortos na noite deste domingo, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Local onde dois jovens foram mortos na noite deste domingo, em Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Corpos foram encontrados em estrada vicinal de Sanga Puitã. (Foto: Leo Veras/Porã News)
Corpos foram encontrados em estrada vicinal de Sanga Puitã. (Foto: Leo Veras/Porã News)

Somente neste fim de semana, 12 pessoas foram assassinadas em Mato Grosso do Sul. Dez no interior e outras duas na Capital. Contando com estas mortes, já são 107 homicídios registrados no Estado do início do ano até agora, aumento de 5,9%. O número é maior que o do mesmo período do ano passado, quando foram 101 homicídios, segundo dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública).

Na maioria dos casos recentes, há indícios de execução e a vítima era homem. Em apenas um dos crimes uma idosa foi de 61 anos foi morta com uma facada no pescoço pelo companheiro em Camapuã, distante 133 km de Campo Grande, após uma discussão sobre relacionamento.

Além das execuções encomendadas, discussões banais e acertos de conta, também estão entre os motivos para os crimes, investigados pela polícia.

Entre os casos de sábado (5), está a morte de Alvino Buri, 62, interno do regime semiaberto, foi assassinado a facadas, quando bebia em um bar, em Itaquiraí - distante 410 km de Campo Grande.

Em Sete Quedas, também no sábado, Rogério Costa, 30 anos, foi baleado e morto com tiros de pistola 9 milímetros. Ainda não se sabe o motivo, nem há suspeitos de terem cometido o crime.

Já na madrugada de domingo (06), dois homens foram mortos a tiros, na MS-159, na Vila Industrial, saída para Aral Moreira, em Coronel Sapucaia - fronteira com o Paraguai.

Conforme boletim de ocorrência, um dos mortos foi identificado como Oscar Rafael Figueiredo, 28 anos. No corpo dele, havia uma perfuração de arma de fogo na nuca. O outro homem, que ainda não foi identificado, morreu com tiro no peito. Ele tem várias tatuagens pelo corpo. Uma delas, no braço esquerdo escrito: 'pai e mãe, amor eterno' e, no direito, um guerreiro samurai.

Também na madrugada de domingo, Mairo Machado Flores, 25 anos, foi morto com um tiro a queima roupa. A suspeita é de que ele tenha sido vítima de latrocínio, roubo seguido de morte.

Segundo a polícia civil, a vítima foi assassinada com tiro na parte superior do tórax, em uma região próxima a Prefeitura. Ainda segundo informações policiais, a moto da vítima, uma Honda CG 150 Fan vermelha, foi levada pelo suspeito. No local, foram encontrados apenas os documentos da motocicleta e o capacete de Mairo.

Outra morte por conta de discussão foi registrada em Caarapó – distante 283 quilômetros da Capital. Anízio Martins Lopes, 34, foi assassinado com vários tiros e facadas, depois de discutir com um homem, por conta de dívidas de drogas.

Corpos de duas pessoas foram encontrados na manhã de ontem, jogados em uma estrada vicinal no distrito de Sanga Puitã, município de Ponta Porã, distante 323 km de Campo Grande.

Segundo informações do site Porã News, a dupla foi executada a tiros por uma pistola 9 milímetros. Há indícios que as duas pessoas foram mortas por um grupo autodenominado "Justiceiros da Fronteira".

Na noite de ontem, dois jovens morreram e três ficaram feridos em atentado, na Rua Corá, atrás de um quartel do Corpo de Bombeiros, no Bairro Guanandi, região Sul de Campo Grande. Inicialmente, a informação era de que três pessoas tinham morrido.

Alex Duarte Ferreira, 17 anos, foi baleado com tiro na cabeça e morreu dentro da viatura do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Mikael Vinícius Godoy Rolon, 22 anos, também chegou a ser socorrido para o Hospital Regional, mas não resistiu.

Dois homens, 16 e 22 anos, foram feridos a tiros e estão internados. O colega deles, adolescente de 13 anos foi agredido com coronhada na cabeça.

Conforme testemunhas, as vítimas estavam sentadas em frente a uma casa tomando tereré, quando dois homens armados chegaram perguntando por um jovem conhecido na região como 'Igrejinha'. Ele não estava entre o grupo.

A polícia está em busca do autores. Ainda de acordo com testemunhas, o motivo do crime foi uma rixa entre grupos rivais.

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