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Cidades

História de quadrigêmeas emociona o país e doações cruzam fronteiras

Lidiane Kober | 12/09/2014 08:10
Doações lotam salas da Maternidade Cândido Mariano (Foto: Marcelo Calazans)
Doações lotam salas da Maternidade Cândido Mariano (Foto: Marcelo Calazans)

A história das quadrigêmeas de Mato Grosso do Sul ultrapassou fronteiras e doações vem chegando de várias partes do País. Emocionados com a drama da família humilde, que mora em um barraco de duas peças, pessoas de outros estados estão procurando a Maternidade Cândido Mariano para saber como contribuir. Até uma conta bancária foi aberta para as ajudas serem depositadas.

A trajetória da família encantou brasileiros não só pela simplicidade, mas pela força da mãe Denir Campos, 37 anos. Durante a gestação, ela teve pouco acompanhamento médico e, no único ultrassom feito, viu duas meninas. Na hora do parto, se surpreendeu com mais duas. A chance de quatro bebês em uma mesma gestação é uma em 500 mil.

Depois do susto, veio a preocupação. Mãe de outros sete filhos, Denir não tinha enxoval, nem espaço e muito menos berço para receber as bebês. No barraco de duas peças, em assentamento em Anastácio, ela vive com o marido Odair Cândido e com quatro meninas, de 12, 10, 7 e 4 anos. Casados, os outros três filhos moraram com as esposas.

Os oito moradores do barraco dividem duas camas e os únicos luxos da família são o ventilador e uma TV de 14 polegadas. Diante de tantas dificuldades, a história chegou à mídia e se espalhou Brasil a fora.

“Pessoas de Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo nos procuraram para doar”, contou a psicóloga Jackeline Medeiros, que acompanha o caso. Para receber as contribuições, o pai das quadrigêmeas abriu uma conta bancária na Caixa Econômica Federal (agência, 4555; operação, 013; conta, 1.958-6).

Em Mato Grosso do Sul, a história também emocionou e doações chegaram em peso em um verdadeiro mutirão da solidariedade, que está mudando a vida da família. Inscrita em programa habitacional, Denir receberá até novembro uma moradia da Prefeitura de Anastácio, por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida. A residência, inclusive, será adaptada para receber as quatro novas integrantes da família.

Além disso, segundo a Jackeline, um casal, pai e mãe de gêmeos, doou uma geladeira e um guarda roupa. As crianças também ganharam quatro berços. As fraldas e roupas recebidas ocupam salas da maternidade. “Mas, desde terça-feira (9), as doações pararam um pouco”, comentou a psicóloga.

Agora, a prioridade, segundo ela, é buscar móveis para mobiliar a nova casa e dar estrutura para receber as bebês. "Também serão bem-vindas fraldas M e G", completou. Com pouco mais de uma semana da abertura da conta, ontem o pai, que trabalha com serviços gerais e não tem renda certa no final do mês, sacou R$ 2,5 mil.

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