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Interior

À espera da Força Nacional, DOF é mantido em área de conflito

Sejusp afirma que Batalhão de Choque da PM foi mobilizado para conter crimes de roubo e cárcere privado

Helio de Freitas, de Dourados | 28/08/2018 16:20
Índios na fazenda Santa Maria, invadida domingo em Caarapó (Foto: Reprodução)
Índios na fazenda Santa Maria, invadida domingo em Caarapó (Foto: Reprodução)

A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) deslocou equipes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) para a fazenda Santa Maria, no município de Caarapó, a 283 km de Campo Grande. Os policiais devem permanecer até a chegada da Força Nacional de Segurança Pública, ainda sem data definida.

No domingo (26), pelo menos 100 índios Guarani-Kaiowá invadiram a propriedade e chegaram até a sede. Funcionários foram feitos de reféns, mas liberados após a chegada de policiais militares

O Batalhão de Choque também foi para a área e até o helicóptero da PM foi usado. Um índio de 70 anos foi preso em flagrante por roubo e resistência. Nas redes sociais, grupos de defesa dos povos indígenas acusam a PM de agir com truculência para retirar os índios à força da fazenda.

A Sejusp se manifestou sobre o caso. “Não se trata de reintegração de posse, houve o cometimento dos crimes de roubo e cárcere privado e a segurança pública foi acionada”, afirmou a secretaria, em nota.

De acordo com a Sejusp, além do DOF, equipes da Força Tática da PM foram deslocadas de unidades operacionais para fazer o policiamento ostensivo e monitorar a situação até a chegada da Força Nacional.

“Não houve prisões e apreensões nas últimas horas, nem registro de novas ações criminosas na região”, afirmou a Sejusp.

Um policial que participou da operação de domingo até ontem, disse ao Campo Grande News que os índios saíram da sede, mas continuam ocupando a fazenda.

Sitiantes reclamam – Donos de sítios invadidos por índios em março de 2016 protestaram contra a presença do Batalhão de Choque em Caarapó. Eles apontam descaso da segurança pública, já que não receberam o mesmo tratamento quando suas terras foram invadidas.

“Nossos sítios estão invadidos desde 2016. Fomos expulsos e nossas casas foram invadidas e nossas coisas destruídas. O Choque não veio nos apoiar. Mas em Caarapó eles foram, porque a fazenda é de um médico de São Paulo”, afirmou ao Campo Grande News a proprietária de um dos sítios invadidos em Dourados.

Policiais do Batalhão de Choque afirmam que a equipe foi deslocada para Caarapó porque havia uma situação de conflito, com crime de roubo na propriedade e funcionários sendo mantidos em cárcere privado.

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