Agência antidrogas destrói 321 toneladas de maconha em operação na fronteira
Foram queimados 96 hectares de lavouras de maconha e 19 acampamentos
Em nova investida contra produtores de maconha da fronteira com Mato Grosso do Sul, a Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai destruiu pelo menos 321 toneladas da droga nos departamentos (equivalentes a Estado) de Amambay e Canindeyú. A Operação Ômega teve apoio do Ministério Público e da FTC (Força-Tarefa Conjunta).
A ação durou vários dias nos arredores das colônias Yby Pytá e Mbokaja'i. A Senad estimou em 9 milhões de dólares o tamanho do prejuízo para os plantadores de maconha, cuja produção é destinada para o mercado brasileiro.
As buscas localizaram 19 acampamentos montados no meio do mato para secar, picar e prensar a maconha. As estruturas foram queimadas.
Os agentes antidrogas também cortaram e queimaram 96 hectares de lavouras de maconha. Cada hectare produz pelo menos três toneladas da droga pronta para o consumo, ou seja, essas lavouras renderiam 288 toneladas. As outras 33 toneladas estavam nos acampamentos.
Em nota encaminhada pela assessoria de comunicação, a Senad promete manter as ações para destruir lavouras de maconha na fronteira.
Ontem, na capital Asunción, o presidente Mario Abdo Benítez se reuniu com a ministra da Senad Zully Rolón, com o embaixador brasileiro no Paraguai Flavio Soares Damico e com representantes da polícia brasileira para estreitar a parceria contra o crime organizado na linha internacional.
Conforme a Senad, em sete anos de trabalho conjunto, a agência antidrogas e a Polícia Federal brasileira causaram prejuízo de 1 bilhão de dólares aos traficantes. Nesse tempo, 16 brasileiros com ordem de captura foram presos no Paraguai e entregues ao Brasil.