Agesul lança licitação de R$ 68 milhões para recuperar Estrada Parque
A obra envolve trecho de 89 quilômetros no meio do Pantanal, região da Nhecolândia

RESUMO
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A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) lançou licitação de R$ 68,2 milhões para recuperar 89 quilômetros da MS-228, conhecida como Estrada Parque, entre Corumbá e a região da Nhecolândia. O projeto inclui a construção de pontes e recuperação do trecho que atravessa importantes rios do Pantanal. A obra, que possui licença ambiental concedida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, contempla o trecho entre os entroncamentos das MS-423 e MS-184. As empresas interessadas devem apresentar propostas até 5 de setembro, sendo o menor preço o critério de seleção.
A Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) abriu licitação no valor de R$ 68,2 milhões para a recuperação da Estrada Parque entre Corumbá e a região da Nhecolândia, em um trecho de 89,5 quilômetros da MS-228, incluindo a construção de pontes. A estrada é atravessada por grandes rios do Pantanal, como o Paraguai, com travessia de balsa, e o Rio Negro, cuja ponte de madeira foi destruída pelas queimadas no ano passado.
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O edital ainda não está disponível no site da agência, mas a publicação no Diário Oficial especifica que se trata de trecho compreendido em licença ambiental já concedida pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) no ano passado, para um trecho de 160 km. Conforme a publicação, a manutenção deverá ser feita entre os entroncamentos das MS-423 e MS-184. Na região do Rio Paraguai está a localidade conhecida como Porto da Manga.
Em 2023, o órgão estadual teve problemas com estradas pantaneiras após o TCE (Tribunal de Contas do Estado) cobrar licenciamento ambiental, e elas foram paralisadas até haver regularização, incluindo a MS-228. A preocupação era de que as obras prejudicassem o fluxo das águas, cujo ritmo natural é determinante para os ciclos do Pantanal, condicionados pelos períodos de seca e cheia. Nesta época do ano, período de estiagem, há regiões que sequer conseguem ser alcançadas pelas estradas.
Para definir como interferir nas estradas-parque, em agosto daquele ano, o Governo do Estado reformulou decreto de 2000 e deu novas atribuições ao Comitê Gestor da Área Especial de Interesse Turístico, a Estrada-Parque Pantanal, citando a necessidade de plano de ordenamento e ocupação do entorno das Rodovias MS-184 e MS-228, considerando os aspectos ambientais, a potencialidade turística das estradas, que também são essenciais para atender fazendas do Pantanal.
Pelo edital da Agesul, as empresas interessadas deverão apresentar proposta de preço para as obras de recuperação de revestimento primário, estrada sem asfalto, somente com nivelamento e cascalho, no dia 5 de setembro. O critério de seleção será o de menor preço apresentado pelas empresas.